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O que é ovodoação?

Os óvulos são as células reprodutivas das mulheres e, portanto, desempenham papel fundamental em sua capacidade de gerar filhos. Sem esses gametas, afinal, não há como ocorrer a fecundação por um espermatozoide, mesmo em técnicas complexas de reprodução assistida, salvo os casos que incluem a ovodoação.

O ciclo menstrual de uma mulher dura cerca de 28 dias e é composto de três fases: folicular, ovulatória e lútea, durante as quais seu organismo produz óvulos e, caso não haja fecundação, ocorre a menstruação.

É por volta da segunda fase desse período que a mulher apresenta mais chances de engravidar, por estar em seu período fértil, que dura alguns dias. No entanto, se os ovários não produzem óvulos — o que pode ocorrer devido a situações diversas, como disfunções hormonais, ciclos menstruais irregulares, doenças como a SOP (síndrome dos ovários policísticos) e devido ao avanço natural da idade —, a fecundação é impossibilitada, caracterizando, assim, um quadro de infertilidade.

É exatamente neste contexto que a ovodoação é útil e capaz de restaurar a capacidade da mulher de ter filhos, mesmo que esta não produza gametas ou que estes sejam de baixa qualidade.

Os próximos tópicos definem a ovodoação, esclarece quando pode ser feita e como acontece. Se você tem problemas hormonais ou ovulatórios, acompanhe o artigo e descubra como esse método pode ajudá-la a ter filhos.

A ovodoação

A ovodoação é uma técnica utilizada no contexto da FIV (fertilização in vitro) que consiste na doação de óvulos por mulheres saudáveis para tentantes que não conseguem engravidar por causas específicas.

O procedimento pode ter caráter completamente voluntário, quando a doadora realiza o ato apenas para contribuir com a formação de outra família — independentemente de ter ou não algum problema de fertilidade — ou compartilhado, quando ambas as mulheres querem ter um filho e estão em tratamento de reprodução assistida.

Nesse caso, a doadora concede apenas alguns óvulos para a mulher receptora e utiliza os outros em seu próprio ciclo de FIV e, assim, divide os custos do tratamento com a ovoreceptora, que paga por parte de seu tratamento.

Quando a ovodoação é indicada?

A ovodoação é indicada para mulheres com problemas de infertilidade causados por disfunções na ovulação, seja por não produzir óvulos suficientes ou por gametas de baixa qualidade, o que pode impossibilitar a fecundação ou continuação da gestação.

Assim, a ovodoação pode ser um procedimento eficaz para mulheres na menopausa (natural ou precoce), que passaram por procedimentos quimioterápicos ou radioterápicos, capazes de causar falência ovariana, que possuem alterações estruturais ou funcionais em seus ovários, quando há baixa reserva ovariana ou mesmo após falhas repetidas na FIV.

Como a doação é realizada?

A ovodoação precisa, necessariamente, acontecer no contexto da FIV, por este ser o único método em que a fecundação ocorre fora do corpo, o que permite a utilização de diferentes óvulos.

A maioria das etapas do procedimento ocorre como em qualquer outro ciclo de FIV. A diferença, para a ovodoadora, acontece apenas após a aspiração folicular, em que alguns de seus óvulos são doados.

Aliás, a doadora passa por um processo inicial de avaliação, o que inclui análise de histórico médico, exames de sangue e de imagem, para garantir sua saúde, a boa quantidade e a qualidade de seus gametas, descartando, assim, doenças genéticas e infecções. Se as condições estiverem ideais, os médicos procedem com a estimulação ovariana e aspiração folicular, isto é, a coleta dos óvulos amadurecidos.

Quando a ovodoação é voluntária, o procedimento, para a doadora, acaba nessa etapa. No entanto, quando a mulher também está em tratamento de infertilidade, segue para as etapas seguintes da FIV, assim como a receptora.

A diferença para a receptora, aliás, é que os embriões a serem transferidos para seu útero após fertilização em laboratório são formados pelos espermatozoides de seu parceiro ou de um banco de sêmen e pelos óvulos da doadora. Além disso, a mulher recebe hormônios não para induzir a ovulação, mas para garantir a receptividade do endométrio, que deve estar mais espesso para receber um ou mais embriões.

A ovodoação, segundo norma do Conselho Federal de Medicina, é um procedimento que deve ser realizado voluntariamente, sem fins lucrativos. Não pode haver nenhuma remuneração e o ato deve ser anônimo. O órgão também define que a doadora tenha até 35 anos, proíbe os funcionários da clínica de reprodução assistida de participar como doadores e permite a escolha de doador de acordo com as características físicas semelhantes da receptora.

A ovodoação é um procedimento que consiste na doação de óvulos de uma mulher para outra, o que pode acontecer em caráter voluntário ou compartilhado, quando ambas estão em tratamento de FIV e dividem os custos e gametas. O método é indicado para restaurar a capacidade reprodutiva em pacientes com casos de infertilidade causados por problemas ovulatórios.

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