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O que são falhas de implantação?

A gestação é um processo de alta complexidade e que depende de diversos fatores para ser bem-sucedida. O equilíbrio hormonal e o funcionamento adequado dos órgão reprodutores femininos são necessários para que a gravidez aconteça e se desenvolva de maneira saudável.

O ciclo menstrual prepara o corpo da mulher para uma possível gestação, reúne uma série de processos fundamentais para que uma nova vida possa se formar. A maturação dos óvulos, a ovulação e a receptividade endometrial são alguns desses processos.

A receptividade endometrial é um fator que influencia diretamente a implantação embrionária, que obrigatoriamente precisa acontecer para dar início à gravidez. Se o endométrio não está suficientemente receptivo, ocorre a falha de implantação ou aborto. 

Saiba mais sobre este processo!

O que é implantação embrionária?

A implantação embrionária se caracteriza pela fixação do embrião no tecido endometrial, permitindo o início de seu desenvolvimento até a formação da placenta.

O endométrio é o tecido que reveste a parede interna do útero. Durante o ciclo menstrual ele passa por um preparo para receber um possível embrião. Isso acontece por meio de modificações de sua estrutura, além de sua espessura, provocadas pelos hormônios  estrogênio e progesterona, de acordo com a fase do ciclo.

Quando ele está com a espessura e características adequadas, significa que está em condições ideais para a implantação, com uma boa receptividade endometrial. O momento de maior receptividade é chamado de janela de implantação.

A implantação embrionária também é conhecida como nidação e marca o início da gestação. É um processo que deve acontecer tanto na gravidez natural quanto nos tratamentos de reprodução assistida.

O que são falhas de implantação?

A fecundação acontece, o embrião é formado, chega até a cavidade uterina, mas não há interação com o tecido endometrial. 

Isso pode acontecer por fatores relacionados tanto ao endométrio, quanto ao próprio embrião. Quando há a falha de implantação, o embrião não encontra condições de se desenvolver dentro do útero e não consegue sobreviver. Dessa forma, a gestação não inicia.

Fatores que podem prejudicar a implantação

Existem algumas condições que permitem a implantação, como a receptividade endometrial e a qualidade do embrião. Fatores que prejudicam tais condições podem dificultar ou impedir o sucesso desse processo.

Os fatores relacionados ao endométrio geralmente são provocados por doenças ou distúrbios hormonais. Alguns exemplos são:

O problema também pode estar relacionado ao embrião, com dois fatores mais comuns: alterações cromossômicas, causadas por gametas de baixa qualidade e espessamento anormal da zona pelúcida. 

Fatores imunológicos podem, da mesma forma, impedir a implantação, fazendo com que o organismo da mulher rejeite o embrião, apesar de não termos maneiras cientificamente comprovadas de fazer esse diagnóstico.

O que fazer em casos de falha de implantação?

A falha de implantação pode acontecer não só nas gestações naturais, mas também na reprodução assistida, incluindo a fertilização in vitro (FIV). 

Nas tentativas naturais ou por relação sexual programada (RSP) e inseminação artificial (IA), em que a fecundação acontece naturalmente, nas tubas uterinas, é necessário investigar para saber se a gestação não ocorreu por falha de implantação ou por outros fatores, como anovulação, ausência de fecundação, etc. 

Na FIV, pelo fato de os embriões já formados serem transferidos diretamente para o útero e a próxima etapa necessária ser a implantação, sabe-se que as falhas de implantação são a razão de uma gestação não iniciar após um ou mais ciclos.

Para identificar a conduta mais adequada, é necessário entender o que está causando a falha. Nos casos de tentativas naturais, realiza-se toda a investigação da infertilidade para entender as causas. Alguns fatores devem ser tratados antes de uma nova tentativa, como as doenças que podem ter relação com as falhas de implantação.

Quando a paciente já está passando por técnicas de reprodução assistida de baixa complexidade (RSP ou IIU), indica-se a realização da FIV.

A FIV é uma técnica de alta complexidade que conta com procedimentos complementares que permitem avaliar a qualidade do embrião e a receptividade endometrial, diminuindo os riscos de novas falhas em tentativas futuras.

Teste de receptividade endometrial e rastreio de distúrbios genéticos

Conhecido como ERA, o teste de receptividade endometrial permite identificar a janela de implantação da paciente. Na reprodução assistida, após a estimulação ovariana, algumas pacientes apresentam alterações hormonais que podem prejudicar a receptividade do endométrio ou deslocar a janela de implantação.

A partir dos resultados apontados pelo ERA é possível saber se a paciente está no momento de maior receptividade endometrial ou, quando deslocado, se ele já passou ou se ainda está por vir. Dessa forma, permite identificar se a transferência embrionária já pode ser realizada ou calcular a janela de implantação do ciclo seguinte. 

O ERA só pode ser realizado no contexto da FIV. 

Outra técnica complementar, o teste genético pré-implantacional (PGT), analisa as células do embrião para identificar possíveis anormalidades cromossômicas, que também podem resultar em falhas na implantação e abortamento. 

O PGT evita, inclusive, a transmissão de doenças genéticas para os filhos, por isso pode ser realizado ainda por pessoas com suspeita ou confirmação, desde que submetidas ao tratamento por FIV. 

Para mais informações, leia nosso conteúdo sobre a fertilização in vitro (FIV).

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