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Oligovulação e infertilidade: qual a relação?

A mulher possui em seus ovários uma quantidade de folículos armazenados, denominada reserva ovariana. Durante o ciclo menstrual, esses folículos se desenvolvem e liberam os óvulos maduros para a fecundação.

Essa reserva acompanha a mulher durante toda a sua vida, desde o nascimento. Ao longo de sua vida reprodutiva, os óvulos são liberados na ovulação e não existe uma reposição desse material.

Algumas alterações no corpo, principalmente hormonais, podem afetar o desenvolvimento folicular e interferir na ovulação. Essa condição pode comprometer a fertilidade da mulher, causando uma dificuldade para engravidar.

A disfunção na ovulação é uma das principais causas da infertilidade feminina, pois a não liberação dos gametas ou qualquer alteração que comprometa o desenvolvimento folicular, pode afetar a reprodução.

A oligovulação representa uma pequena mudança no ciclo que leva a uma ovulação irregular. Já a anovulação é a ausência total da ovulação, quando a mulher não libera óvulos durante o ciclo menstrual.

É possível passar por alguns exames, como a avaliação da reserva ovariana, para analisar a quantidade de folículos presentes nos ovários com capacidade para posteriormente ovular, identificando, assim, possíveis problemas no ciclo menstrual que possam interferir na fertilidade da mulher.

A seguir, entenda o que é oligovulação e saiba qual a sua relação com a infertilidade feminina.

O que é ovulação e por que é fundamental para a fertilidade feminina?

A ovulação é o evento que ocorre a cada ciclo menstrual no organismo feminino, quando os folículos se desenvolvem pela ação hormonal e liberam o óvulo, gameta feminino responsável pela fecundação.

Quando ocorre a liberação dos espermatozoides no organismo feminino, os gametas masculinos transitam até as tubas uterinas, local onde se encontram com o óvulo e um deles promove a sua fertilização.

Com a fecundação, origina-se o zigoto e uma divisão celular é iniciada para a formação do embrião. Nesse momento, o útero é preparado para que aconteça a implantação embrionária no endométrio, camada de revestimento interna onde se inicia o desenvolvimento do feto.

Para que a reprodução aconteça, diferentes fatores estão envolvidos e precisam acontecer de forma saudável para que sejam concluídos com sucesso. A ovulação está entre eles e é fundamental para o início da gravidez.

O que é oligovulação e anovulação?

Existem algumas disfunções na ovulação que podem interferir na liberação dos gametas femininos, entre elas:

Oligovulação

Quando a mulher apresenta um quadro de oligovulação, a alteração é mais sutil e é caracterizada por uma baixa na média de ovulações. Normalmente, os ciclos ovulatórios anuais não costumam passar de nove.

Nesse caso, os ciclos reprodutivos férteis acontecem, porém, com menor frequência. Dessa forma, a mulher pode engravidar de forma natural, mas encontra dificuldades na maior parte dos casos.

Anovulação

Na anovulação ocorre a ausência total da ovulação, quando o óvulo não é liberado para a fecundação. Com a falta dos gametas femininos, é comum que mulheres com essa condição apresentem infertilidade.

É causada principalmente por alterações hormonais, como consequência da síndrome dos ovários policísticos (SOP) e algumas outras doenças como o hipotireoidismo e a hiperprolactinemia, por exemplo.

Qual a relação entre a oligovulação e a dificuldade de engravidar?

A oligovulação não impossibilita totalmente a gravidez natural, apenas a dificulta devido à baixa liberação de gametas femininos. Assim, as chances de fecundação são menores, podendo a mulher procurar auxílio médico para engravidar.

As disfunções da ovulação acontecem após um desequilíbrio hormonal provocado por algumas doenças e condições, que afetam a concentração dos hormônios envolvidos no processo reprodutivo.

A mais comum é a SOP, caracterizada pela presença de múltiplos cistos nos ovários e pelo aumento de testosterona, principal hormônio masculino produzido em pequenas quantidades no organismo feminino.

Como a reprodução assistida pode aumentar as chances de gravidez nesses casos?

A reprodução assistida é um auxílio para muitos casais com problemas de infertilidade e dificuldades para engravidar. Em casos de alteração na ovulação, é possível optar por técnicas de acordo com a gravidade da situação.

Em todos os métodos da medicina reprodutiva, utiliza-se um procedimento em comum: a estimulação ovariana. Ela é feita com medicamentos hormonais que estimulam o desenvolvimento folicular para obter uma liberação maior de óvulos.

Após este processo, ocorre a indução da ovulação, para que os óvulos possam ser utilizados na técnica determinada. As principais são: a relação sexual programada (RSP), a inseminação artificial (IA) e a fertilização in vitro (FIV). Após essa etapa, cada uma direciona o tratamento de acordo com seus métodos.

A RSP e a IA são de baixa complexidade, então a fecundação acontece de forma natural nas tubas uterinas. Após a indução da ovulação na RSP, o casal é informado do momento ideal para manter relações sexuais, quando a mulher apresenta maior potencial fértil. Já na IA, a próxima etapa é a inserção dos espermatozoides no útero para que a fertilização aconteça naturalmente.

A FIV é um tratamento de alta complexidade, no qual ocorre a coleta dos gametas após a indução da ovulação. Com os espermatozoides também selecionados, a fecundação é realizada em laboratório e o embrião formado é cultivado até que esteja pronto para ser transferido ao útero.

A escolha da técnica mais adequada pode variar de acordo com a situação da mulher e do tipo de disfunção ovulatória que ela apresenta: oligovulação ou anovulação. As condições de fertilidade do parceiro também são levadas em consideração.

Se você se interessou por esse assunto, leia também sobre a infertilidade feminina e conheça outros aspectos que influenciam a capacidade reprodutiva das mulheres.

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