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Orquite, infertilidade masculina e reprodução assistida

Os testículos são órgãos do sistema reprodutor masculino, que possuem funções muito importantes para a reprodução. São localizados no interior da bolsa escrotal, envolvidos por uma cápsula de tecido conjuntivo denominada túnica albugínea.

Em seu interior, os testículos possuem diversos compartimentos que recebem o nome de lóbulos do testículo. É na parte interna dos lóbulos que se encontram os túbulos seminíferos, responsáveis por produzir os espermatozoides.

Além dos gametas masculinos, os testículos também são responsáveis pela produção de hormônios, sendo a testosterona o principal sintetizado pelos órgãos. Esse hormônio promove o desenvolvimento de características masculinas e atua na espermatogênese — processo pelo qual os espermatozoides são produzidos.

Para que a reprodução aconteça de forma correta, o sistema reprodutor e todos os seus órgãos devem estar em boas condições. Algumas doenças e alterações no organismo podem interferir nesse processo e causar a infertilidade masculina. Entre as principais doenças que alteram a fertilidade do homem estão a varicocele, prostatite, orquite, entre outras.

Confira no texto a seguir, mais informações sobre a orquite, suas causas, fatores de risco e entenda como a infertilidade causada por ela pode ser resolvida.

O que é a orquite?

A orquite é caracterizada pela inflamação em um ou ambos os testículos e pode se manifestar de forma aguda ou crônica, causando dores e desconforto. Os agentes etiológicos causadores da doença podem variar e normalmente são: vírus, parasitas, bactérias, traumas, entre outros.

Uma das causas comuns da orquite é o vírus da caxumba, que pode surgir em meninos na pré-puberdade. Geralmente a inflamação se origina de quatro a sete dias após a ocorrência da caxumba e, na maior parte das vezes, acomete os dois testículos.

Outra causa comum da orquite são as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como a gonorreia e a clamídia, que afetam homens em idade reprodutiva que não utilizam o preservativo durante as relações sexuais.

As bactérias que causam infecções no trato urinário também podem ser causadoras dessa patologia. Outras causas menos comuns são torções e traumas que causam danos aos testículos e podem levar à inflamação.

Quando diagnosticada de forma precoce, a orquite pode ser facilmente tratada. Porém, em casos de não tratamento ou tratamento inadequado, a doença pode causar algumas sequelas, como a infertilidade, atrofia dos testículos e a formação de abcessos.

Para diagnosticar a inflamação é preciso ficar atento aos sintomas manifestados. Entre os principais, encontram-se:

Qual a relação da orquite com a infertilidade?

A inflamação nos testículos pode alterar a produção dos espermatozoides, interferindo na quantidade e qualidade dos gametas masculinos. Essa condição pode dificultar a busca pela gravidez, fazendo com que o casal necessite de auxílio médico.

Os espermatozoides saem do organismo do homem no líquido seminal, por meio da ejaculação. Ao chegar nas tubas uterinas se encontram com o óvulo e realizam a fecundação.

Para que este processo seja realizado com sucesso, o sistema reprodutor do homem e da mulher devem estar saudáveis e em condições de terminar cada etapa. Doenças que afetam os órgãos desse sistema, podem prejudicar a reprodução e causar a infertilidade feminina e masculina.

Descobrir a patologia com antecedência pode ajudar muito no tratamento, evitando sequelas mais graves como a infertilidade. Ainda assim, quando a fertilidade não é recuperada, o homem pode optar pelas técnicas de reprodução assistida para alcançar a tão sonhada gravidez.

Qual o tratamento adequado para a orquite?

Os tratamentos para a orquite podem variar de acordo com os agentes causadores da doença. Quando originada de bactérias, são prescritos antibióticos para o tratamento. Em casos de consequência das ISTs, os parceiros sexuais também devem ser tratados para evitar uma reinfecção.

Já em casos de orquite viral, é indicado o uso de anti-inflamatórios para aliviar os sintomas e combater a inflamação. A aplicação de compressas de gelo também pode ajudar a diminuir o desconforto.

A intervenção cirúrgica só se faz necessária quando as sequelas são graves, como a formação de abcessos que precisam ser drenados. Quando a doença evolui para estágios mais graves e não retrocede, recomenda-se a retirada do testículo pela orquiectomia.

Reprodução assistida

Quando o homem passa pela infertilidade causada pela orquite, deve procurar auxílio na medicina reprodutiva. Existem técnicas de reprodução assistida muito avançadas capazes de ajudar na busca pela gravidez.

Nestes casos, os principais métodos disponíveis são a inseminação intrauterina (IIU) – também conhecida como inseminação artificial e a fertilização in vitro (FIV). A IIU é uma técnica de menor complexidade, em que a fecundação acontece de forma natural dentro do útero. Já a FIV promove a fertilização em laboratório e insere o embrião já formado na cavidade uterina.

A IIU consiste em estimular a produção de gametas femininos e preparar os gametas masculinos para serem inseridos no corpo da mulher. Os espermatozoides são coletados e selecionados a fim de injetar aquele com mais chances de realizar a fecundação. Ainda que o paciente tenha gametas em baixa quantidade ou qualidade em decorrência da orquite, é possível realizar o procedimento.

Uma técnica ainda mais eficiente é a FIV, que possui métodos mais avançados e específicos na seleção dos espermatozoides. A maioria dos procedimentos são realizados em laboratório e existem diversos exames e técnicas complementares capazes de selecionar os gametas com mais chances de fecundação.

Se você se interessou por este assunto, não deixe de ler mais sobre a orquite, seus principais sintomas e as suas causas.

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