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Preservação social da fertilidade: o que é, como é feita e para quem é indicada?

Momento essencial da reprodução humana, a fecundação é a união do gameta feminino (óvulo) com o masculino (espermatozoide), para dar origem a um novo ser. É a partir dela que um embrião se forma, podendo iniciar uma gravidez. Para que a fecundação seja bem-sucedida, portanto, é fundamental que ambos os gametas estejam em excelentes condições.

No caso das mulheres, os gametas se tornam mais escassos com o passar dos anos, ao mesmo tempo em que perdem qualidade. Isso porque, diferentemente dos espermatozoides, que são produzidos ao longo da vida do homem a partir da puberdade, os óvulos já nascem com a mulher e se desenvolvem, amadurecem e são liberados na ovulação.

Com o passar dos anos, portanto, a cada ciclo menstrual há uma perda de gametas femininos e os que sobram, já envelhecidos, diminuem as chances de uma gravidez bem-sucedida.

O ideal, portanto, é que a mulher engravide até os 35 anos de idade, quando a fertilidade feminina sofre uma grande queda. No entanto, atualmente é comum que as muitas optem por adiar a maternidade e, para que não se deparem com grandes dificuldades ao tomarem a decisão de engravidar, elas podem optar pela preservação social da fertilidade.

Você já ouviu falar sobre isso? Continue a leitura para saber mais.

O que é a preservação social da fertilidade?

A preservação social da fertilidade consiste no congelamento de gametas para utilização futura. Esse procedimento começou a ser utilizado por pessoas que fossem fazer tratamento contra o câncer, pois os medicamentos podem prejudicar a fertilidade. Com o avanço das técnicas de congelamento de gametas, a técnica passou a ser usada também por quem deseja adiar o plano de ter filhos por outros motivos.

A indicação da preservação social da fertilidade em geral é apenas para as mulheres, uma vez que os homens produzem espermatozoides ao longo de toda a sua vida e, para eles, a idade não traz uma perda significativa na qualidade dos gametas.

No caso das mulheres, como os óvulos são produzidos ainda no período intrauterino e envelhecem junto com a paciente, existe uma queda importante na fertilidade feminina a partir dos 35 anos, tanto pela diminuição natural da reserva ovariana quanto pela queda na qualidade dos óvulos.

As mulheres que não tenham tido filhos até por volta dessa idade, mas tenham esse desejo, podem então congelar os seus óvulos para utilização futura.

Por que essa técnica é importante?

A decisão de adiar a maternidade já se tornou comum em todo o mundo. Isso se deve a diversos fatores culturais e sociais, como a maior presença da população feminina no mercado de trabalho e a instabilidade nos relacionamentos.

É frequente, portanto, que as mulheres decidam ser mães mais tarde por priorizar a carreira em determinado momento, por buscar estabilidade financeira, por não ter um relacionamento estável ou simplesmente por não se sentirem prontas para a maternidade.

A preservação social da fertilidade, portanto, permite que essas mulheres não precisem deixar de lado seus planos pessoais e profissionais. Ao congelar seus óvulos quando eles ainda têm melhor potencial fértil, elas se permitem concretizar o sonho da maternidade no momento de vida que julgarem mais apropriado.

Como é feita a preservação social da fertilidade?

De maneira geral, é indicado que as mulheres façam a preservação social da fertilidade até os 35 anos, pois nesse momento a reserva ovariana e qualidade dos óvulos são melhores. A paciente fará, primeiro, alguns exames para avaliar sua fertilidade, qualidade e quantidade dos gametas.

Depois, é possível partir para o tratamento de estimulação ovariana. Nos primeiros dias do ciclo menstrual, a mulher começa a utilizar hormônios injetáveis, que têm o objetivo de estimular o desenvolvimento de mais óvulos em um mesmo ciclo. Durante esse processo, o médico acompanha o crescimento dos folículos ovarianos por meio de ultrassonografias periódicas.

Quando os óvulos atingem o estágio desejado, a paciente usa outro hormônio, para desencadear a ovulação. Aproximadamente 35 horas depois da aplicação desse hormônio, é realizado um procedimento de punção folicular, no qual os folículos maduros são aspirados com o auxílio de uma agulha muito fina.

Os óvulos maduros que foram coletados então são criopreservados, ou seja, congelados, e são mantidos assim até que a mulher decida fazer o descongelamento para tentar uma gravidez.

Existe também a opção de o casal fazer a preservação social da fertilidade, congelando os embriões em vez de os óvulos da mulher.

Nesse caso, o homem coleta o sêmen por meio da masturbação, e os embriões resultantes da fecundação, realizada em laboratório com os gametas colhidos do casal, são mantidos em cultivo por alguns dias (de três a seis, de acordo com a estratégia médica definida). Depois desse período, os embriões podem ser igualmente criopreservados

A preservação social da fertilidade e a fertilização in vitro (FIV)

Quando a mulher faz a preservação social da fertilidade, ao decidir engravidar, ela precisará fazer uma fertilização in vitro (FIV). Isso porque essa é a única técnica de reprodução assistida que requer a coleta dos gametas femininos. Os primeiros passos de uma FIV são justamente as etapas realizadas antes da criopreservação dos óvulos: a estimulação ovariana e a punção folicular.

Dessa forma, se a preservação social da fertilidade for feita por meio do congelamento dos óvulos, é necessário descongelá-los para que eles sejam fertilizados com o sêmen do parceiro. Já se os embriões foram criopreservados, eles são descongelados para a última fase da FIV, a transferência embrionária.

Nesse momento, os embriões são transferidos para o útero da mulher em um procedimento simples, em que o médico insere um cateter pela vagina da paciente, com o auxílio de um equipamento de ultrassonografia. Apenas doze dias depois da transferência já é possível fazer o exame de gravidez.

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