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Técnicas de reprodução assistida: como é feita a individualização do tratamento?

A experiência de ter filhos é particularmente importante para a maioria das pessoas. No entanto, milhares de homens e mulheres sofrem no mundo inteiro com problemas de fertilidade.

Definida como a falha em obter a gravidez após um ano de relações sexuais desprotegidas, a infertilidade é bem mais comum do que se imagina. A dificuldade de um casal engravidar, na maioria das vezes, sinaliza alterações na fertilidade, feminina ou masculina.

Os casais que não conseguem conceber geralmente procuram a orientação de um especialista em infertilidade: é a observação inicial das características de cada paciente, que vai definir a abordagem diagnóstica e terapêutica mais adequada, possibilitando, assim, maiores chances de sucesso.

As técnicas de reprodução assistida são tratamento para os problemas de fertilidade na maioria dos casos. Para entender como é feita a individualização, continue a ler este texto. Ele explica da consulta inicial aos exames solicitados e tratamentos.

O que é a individualização do tratamento e como ela é feita?

Para otimizar os resultados nos tratamentos de infertilidade, é fundamental prestar atenção às necessidades individuais de cada paciente. Isso inclui não apenas a definição da abordagem terapêutica, mas também o entendimento dos desejos e anseios do casal, na busca por ter filhos biológicos.

O desenho desse perfil é realizado durante a consulta inicial. Na ocasião, o médico avalia o histórico dos pacientes, a incidência de distúrbios genéticos nas famílias, registros de doenças crônicas ou infecções sexualmente transmissíveis (IST) e a manifestação de possíveis sintomas característicos de doenças que provocam infertilidade, por exemplo.

Além do histórico clínico, a partir da escuta do casal, fragilizado pela condição inesperada, são considerados também os aspectos psicológicos e os receios que surgem pelo medo de não conseguir engravidar. Assim, é possível, inclusive, minimizar o estresse, ansiedade e depressão, que podem ocorrer durante o tratamento.

Estabelecer o perfil dos pacientes é igualmente importante para a definição dos exames inicialmente solicitados.

A avaliação da reserva ovariana dá indícios da quantidade e da qualidade dos óvulos no momento da realização. Importantes fatores de infertilidade feminina são os distúrbios de ovulação, caracterizados por dificuldades no desenvolvimento e amadurecimento dos folículos e falha de ovulação.

Útero e tubas uterinas são avaliados por exames de imagem. Diferentes condições podem causar obstruções nas tubas, inibindo o processo de fecundação, ou alterar a anatomia do útero, dificultando o desenvolvimento da gravidez.

Para os homens, é solicitado inicialmente o espermograma, exame que analisa o potencial fértil dos espermatozoides por meio da mensuração da concentração, motilidade e morfologia. Dependendo do caso, pode ser solicitado o teste de fragmentação do DNA espermático, que detecta danos no DNA dos espermatozoides não apontados pelo espermograma.

Se houver suspeita ou histórico de doenças genéticas, o rastreio deve ser feito em ambos os casos. O resultado desses exames pode determinar se há necessidade da realização de outros específicos.

Baseados nos resultados diagnósticos, apresentamos para os pacientes as opções de tratamento. O conceito de individualização também considera o fato de haver uma variação no potencial de fertilidade, independentemente da idade dos pacientes. Algumas mulheres, por exemplo, mesmo jovens, podem ter uma reserva ovariana menor.

Principais formas de tratar a infertilidade

Determinados fatores de infertilidade, podem ser tratados pela administração de medicamentos ou por cirurgias. Para os outros casos, são indicadas as técnicas de reprodução assistida. As três principais são a RSP (relação sexual programada) e a IIU (inseminação intrauterina), de baixa complexidade, e a FIV (fertilização in vitro), de alta complexidade.

As de baixa complexidade possibilitam a fecundação de forma natural, nas tubas uterinas. Elas são indicadas, portanto, para problemas de fertilidade provocados por fatores de menor gravidade, da mesma forma que proporcionam melhores resultados para mulheres com até 35 anos que possuam uma boa reserva ovariana.

As condições das tubas uterinas são também fatores que definem a escolha, uma vez que a fecundação ocorre naturalmente.

Na RSP, os espermatozoides devem ser saudáveis: o objetivo do tratamento é potencializar a ovulação, além de programar o melhor momento para que a relação sexual seja intensificada, aumentando as chances de concepção.

A inseminação intrauterina, por outro lado, possibilita o tratamento quando há pequenas alterações nos espermatozoides, pois os melhores são selecionados por técnicas de preparo seminal, ou problemas na função sexual. Também pode ser realizada quando o casal não consegue realizar a RSP por algum motivo.

Durante o período fértil, os espermatozoides selecionados são inseridos em um cateter e depositados no útero para que ocorra a fecundação.

A FIV é a opção mais adequada para mulheres acima de 35 anos, quando a reserva ovariana já apresenta níveis mais baixos, para mulheres mais novas com o mesmo problema, se houver obstruções nas tubas uterinas ou infertilidade provocada por fatores graves, femininos e masculinos.

A FIV é um procedimento de maior complexidade, que prevê a fecundação em laboratório e a transferência dos embriões formados posteriormente para o útero. O tratamento é realizado em diversas etapas e é o mais completo, possibilitando a solução de diferentes problemas para que a gravidez ocorra.

Em todas as técnicas é possível obter a gravidez, com percentuais que variam de acordo com cada procedimento e com as condições do casal. Nas de baixa complexidade, são semelhantes aos da gravidez natural, enquanto os da FIV são mais altos.

Porém, como o sucesso e os benefícios proporcionados por cada uma estão diretamente relacionados às necessidades dos pacientes, as chances de ter um filho biológico com a individualização do tratamento é maior.

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