Os termos esperma, sêmen e espermatozoides são facilmente confundidos e muitas pessoas não sabem os seus significados corretos. O sêmen, que é popularmente conhecido como esperma, é o líquido composto por diferentes secreções produzidas pelo sistema reprodutor masculino.
Os espermatozoides são os gametas masculinos, produzidos nos testículos e responsáveis pela fecundação dos óvulos nas tubas uterinas. Juntamente com o líquido seminal, formam o sêmen que é ejaculado durante o ato sexual.
Esse é um dos processos envolvidos na reprodução humana, estimulado pela ação dos hormônios. Para acontecer corretamente, o homem deve estar saudável e com boas condições espermáticas.
Algumas doenças podem causar a infertilidade masculina, pois afetam a qualidade ou a quantidade de gametas liberados no esperma. Para investigar essas condições, existe um exame muito eficiente: o espermograma.
Trata-se de um procedimento simples, no qual o homem coleta uma amostra de sêmen que é analisada para identificar os aspectos dos espermatozoides. Quando for identificado algum problema, ele pode ser encaminhado ao tratamento adequado, incluindo técnicas de reprodução assistida.
A seguir, entenda a importância do espermograma, principalmente para homens que desejam ter filhos.
O que é o espermograma?
O espermograma é um tipo de exame realizado na investigação da saúde masculina, incluindo possíveis casos de infertilidade. Ele analisa as condições espermáticas para identificar a quantidade, morfologia e motilidade dos espermatozoides.
Também pode ser feito para identificar doenças urológicas e na avaliação do sucesso da vasectomia ou o processo de reversão do procedimento. É muito usado na reprodução assistida para auxiliar pacientes em tratamento.
O material é coletado por meio de masturbação em clínica especializada e, em seguida, analisado em laboratório. Para um melhor resultado, é recomendado que o homem não tenha relações sexuais 2 a 5 dias antes da realização do exame.
Qual a importância do espermograma?
O espermograma é um exame muito importante no contexto masculino, pois auxilia na identificação de doenças e alterações que podem afetar a sua fertilidade. Existem alguns aspectos a serem avaliados nessa análise.
Em relação ao sêmen, são levados em consideração o seu volume, pH, viscosidade, capacidade de coagulação e liquefação, por exemplo. Já os gametas são avaliados quanto à sua concentração (quantidade de espermatozoides por ml), morfologia, motilidade e número de espermatozoides imaturos.
Após uma análise detalhada, podem ser encontradas as seguintes condições:
Para garantir maior fidelidade nos resultados, é ideal que duas ou três amostras sejam analisadas com intervalos maiores de 15 dias entre elas. A produção dos gametas masculinos por meio da espermatogênese pode ser afetada por diferentes alterações ou doenças.
Que tipo de doença ou condição o espermograma pode detectar?
Algumas condições que atingem os homens e causam complicações para a sua saúde podem ser identificadas pelo espermograma. É importante estar atento a essas alterações, pois o seu diagnóstico pode ser fundamental em um tratamento adequado.
Entre as possíveis doenças apontadas pelo exame estão a varicocele, a prostatite e outras patologias que provocam a azoospermia, uma das principais causas de infertilidade entre os homens.
A ausência total dos espermatozoides no sêmen ejaculado é um grande obstáculo para homens que desejam ter filhos. Pode ser ocasionada por obstruções que afetam a produção dos gametas ou por inflamações em consequência de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
Quais as possibilidades para o homem infértil?
Para homens que desejam ter filhos biológicos, quando os tratamentos tradicionais não proporcionam a restauração da fertilidade, existe ainda a opção da reprodução assistida. Estão disponíveis algumas técnicas de baixa e alta complexidade para solucionar esse tipo de problema, visando sempre a individualidade do paciente para aumentar as chances de sucesso.
Quando as alterações são mais leves, é indicado um método menos complexo como a inseminação artificial (IA). Nesse caso, a fecundação acontece de forma natural dentro do corpo da mulher após o preparo dos espermatozoides e a sua inserção na cavidade uterina.
Já em casos mais graves de infertilidade, é recomendada a fertilização in vitro com injeção intracitoplasmática de espermatozoides (FIV com ICSI), por se tratar de uma técnica de alta complexidade. Ela é realizada em cinco etapas principais, sendo a maioria feita em laboratório, incluindo a fecundação.
Permite um controle maior dos procedimentos, fazendo com que as possibilidades de uma fecundação bem-sucedida sejam maiores. Na FIV com ICSI, cada espermatozoide é injetado diretamente no citoplasma do óvulo.
Na FIV, é possível também recuperar por punção ou biópsia os espermatozoides diretamente dos epidídimos, ductos em que são armazenados após a produção, ou dos testículos, assim como realizar o tratamento com a doação de sêmen, quando o homem não possui material biológico com qualidade suficiente para o tratamento.
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