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Aborto de repetição, infertilidade e reprodução assistida

O aborto de repetição é uma condição muito delicada, pois a mulher consegue engravidar, mas a gestação não segue até o final. Por isso, ela gera muita frustração, luto e pode provocar ansiedade e depressão. As consequências não são sentidas apenas pela mulher, mas também por seu companheiro e toda a família.

Casos de aborto espontâneo são comuns durante o início da gravidez. Porém, quando ocorrem mais de uma vez, o casal deve procurar um médico especialista para investigar a causa de infertilidade.

De forma geral, a conduta mais indicada é tratar a causa do aborto de repetição (se ela for diagnosticada) e avaliar a necessidade, ou não, do casal engravidar com o auxílio de uma técnica de reprodução assistida. O objetivo deste artigo é mostrar a relação entre o abortamento de repetição, a infertilidade feminina e a reprodução assistida.

Vamos lá?

Quais são as diferenças entre aborto e abortamento?

Em um sentido amplo, os termos aborto e abortamento são usados como sinônimos. No entanto, eles não são. O abortamento é o ato de expulsão do feto até a 20ª semana de gestação, enquanto o aborto é o produto do abortamento.

Ele possui várias classificações. Nesse texto, o nosso foco será nos casos espontâneos, onde a interrupção da gravidez acontece de forma não induzida.

Um outro termo muito utilizado durante a discussão desse tema é o abortamento de repetição. Ele ocorre quando a mulher passa por mais do que 2 abortamentos espontâneos consecutivos. Para utilizar os termos mais adequados, a partir desse momento, vamos utilizar abortamento em vez de aborto.

Quais são as causas de abortamento?

O abortamento de repetição é uma das causas de infertilidade feminina, pois a gestação não chega ao seu fim. Em cerca de metade dos casos, o diagnóstico não é conclusivo, ou seja, não conseguimos detectar o motivo do abortamento. Entre as suas principais causas estão as anormalidades uterinas e genéticas e algumas doenças.

As anormalidades uterinas podem ser uma consequência de doenças, como os miomas, os pólipos e a endometriose. Em casos graves, elas podem causar lesões e aderências na cavidade uterina, alterando a anatomia do órgão.

Malformações congênitas uterinas acontecem durante o desenvolvimento embrionário e, em geral, são assintomáticas, dificultando o seu diagnóstico precoce. As alterações anatômicas diminuem o tamanho do útero, dificultando o crescimento do feto.

As causas genéticas, em geral, estão relacionadas a alterações cromossômicas, sendo mais comuns nos óvulos de mulheres com mais de 40 anos. A idade é uma das principais causas de infertilidade feminina e é um fator de risco para abortamentos.

Doenças congênitas ou adquiridas, como a trombofilia e complicações derivadas de infecções também podem dificultar a implantação do embrião ou provocar abortos.

O que fazer em casos de abortamento e quando a reprodução assistida é indicada?

A infertilidade é uma condição multifatorial e a sua investigação e o seu tratamento devem ser indicados de forma individual para o casal, pois diversas circunstâncias podem influenciá-la.

Por via de regra, a primeira conduta é investigar o que pode estar causando os abortamentos. A solicitação dos exames deve partir de um ponto de partida, que é definida com base no histórico pessoal e familiar do casal. Uma paciente com histórico familiar de trombofilia deve ser testada para essa condição, por exemplo.

Nos casos em que o fator determinante para o abortamento de repetição é identificado, o tratamento deve ser realizado antes de uma nova tentativa de gestação. Nas situações em que a causa da perda gestacional não é detectada ou o casal tem dificuldade para engravidar mesmo após a finalização do tratamento, a reprodução assistida é indicada.

A fertilização in vitro (FIV) é a técnica mais moderna atualmente, pois a fecundação acontece em um laboratório e os embriões formados são transferidos posteriormente para o útero materno.

As técnicas complementares da FIV

Entre as técnicas de reprodução assistida, a FIV é a mais indicada para os casos de abortamento de repetição devido às suas técnicas complementares. Elas podem ser incorporadas ao processo da FIV para aumentar a taxa de sucesso do ciclo de acordo com as necessidades de cada casal.

As mais recomendadas nessas situações são: o teste genético pré-implantacional, o hatching assistido e o teste ERA.

O primeiro é capaz de identificar embriões com alterações cromossômicas, uma das principais causas de abortamento de repetição. O hatching assistido é um processo que ajuda a implantação do embrião no útero materno, principalmente, para mulheres em idade avançada. E o teste ERA avalia o melhor momento para a transferência embrionária.

O abortamento de repetição é definido por sucessivas perdas gestacionais, sendo uma das principais causas de infertilidade feminina. Para investigá-la, diversos exames podem ser realizados, no entanto, em muitos casos a causa é indetectável. Os casais que desejam continuar tentando engravidar podem obter excelentes resultados com a FIV, graças às suas técnicas complementares.

Caso esteja interessado em saber mais sobre esse tema, confira o nosso conteúdo completo sobre o abortamento de repetição!

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