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Alterações seminais: quais são e como tratar?

A fertilidade masculina depende de diversos fatores, como o equilíbrio hormonal e o bom funcionamento dos órgãos reprodutores e do organismo em geral. Estes fatores são fundamentais para que processos importantes aconteçam, como a produção dos espermatozoides e do sêmen.

Para que a fecundação possa ocorrer, é necessário que o homem produza uma boa quantidade de gametas, que também devem ter boa qualidade. Além disso, o sêmen deve atender a parâmetros específicos em relação ao volume, viscosidade, entre outros.

Os parâmetros são definidos pela OMS. Quando uma ou mais características do sêmen não alcançam os valores mínimos, considera-se que o homem possui alterações seminais, que podem ser responsáveis pela infertilidade masculina. Continue lendo para mais informações sobre o assunto:

O que são alterações seminais?

As alterações seminais se caracterizam por aspectos específicos do sêmen que não atingem os parâmetros considerados adequados pela OMS. Quando isso acontece, o homem pode passar por dificuldades ou pela impossibilidade de se reproduzir de forma natural.

Existem vários fatores que podem causar as alterações, como doenças, distúrbios hormonais, traumas físicos na região dos testículos, procedimentos cirúrgicos, hábitos de vida, entre outros.

Entre as doenças causadoras de alterações seminais, as mais comuns são:

As alterações seminais podem ter relação com algum problema na produção dos espermatozoides, chamada espermatogênese, ou do líquido seminal. Ainda, pode haver obstruções impedindo a passagem dos gametas ou mesmo do sêmen. Problemas relacionados à qualidade dos espermatozoides também são comuns.

Para identificar se o sêmen possui alguma alteração, é necessário realizar um exame chamado espermograma.

Espermograma

O espermograma é um exame realizado a partir da análise seminal. O paciente coleta o material por meio de masturbação, e em laboratório são feitas análises macroscópicas e microscópicas.

As análises macroscópicas avaliam as características do sêmen, enquanto as microscópicas avaliam os espermatozoides.

As principais análises e os parâmetros mínimos adequados, de acordo com a OMS, são:

Também são avaliados fatores como a viscosidade, a aparência e o pH do sêmen, além do número total de espermatozoides ejaculado e a vitalidade dos gametas.

Quais são as principais alterações seminais?

As alterações seminais mais comuns são a azoospermia e a oligozoospermia, que têm relação com a quantidade de espermatozoides. Porém, também existem outras alterações que podem ocorrer e deixar o homem infértil. Inclusive, é possível que o paciente apresente mais de uma alteração seminal.

Azoospermia

A azoospermia é uma das principais causas da infertilidade masculina. Ela se caracteriza pela ausência de espermatozoides no sêmen e pode ser classificada em obstrutiva e não obstrutiva.

A azoospermia obstrutiva é causada por obstruções que impedem a passagem dos espermatozoides, enquanto a não obstrutiva tem relação com problemas na espermatogênese (o mecanismo de produção).

Oligozoospermia

A oligozoospermia se caracteriza pela baixa quantidade de espermatozoides no sêmen, quando o resultado do espermograma apresenta menos de 15 milhões de gametas por ml ou 39 milhões no total ejaculado.

Apesar de ainda existirem espermatozoides, a oligozoospermia pode causar infertilidade pelo fato de dificultar a fecundação — já que o número de gametas pode não ser suficiente para que um sobreviva até o encontro com o óvulo.

Outras alterações

Outras alterações seminais que também podem causar infertilidade masculina são:

Como tratar as alterações seminais?

O primeiro passo para tratar as alterações seminais é identificar o problema específico e sua causa. Quando causadas por distúrbios hormonais, as alterações são tratadas com o uso de hormônios para reposição.

Quando a causa é uma doença, é necessário tratá-la para que haja a possibilidade de controlar as alterações e recuperar a fertilidade do homem. Em alguns casos, pode ser preciso realizar uma intervenção cirúrgica.

Se o homem está tentando engravidar sua parceira e, mesmo após o tratamento indicado, não conseguir fazê-lo de forma natural, há a indicação para a reprodução assistida.

Existem três técnicas, mas apenas duas delas podem ser realizadas em casos de infertilidade masculina: a inseminação intrauterina (IIU) e a fertilização in vitro (FIV). Isso é possível porque em ambas as técnicas há um procedimento chamado preparo seminal, que possibilita a seleção dos melhores gametas para a reprodução.

A IIU é indicada apenas quando existem alterações seminais leves, enquanto a FIV pode ser realizada em casos mais graves. A FIV conta com procedimentos complementares que permitem até mesmo a retirada dos gametas diretamente dos testículos ou do epidídimo.

Ainda, por meio da técnica ICSI — injeção intracitoplasmática de espermatozoides — na qual apenas um gameta masculino é injetado em cada óvulo para a fecundação, existem grandes chances de sucesso mesmo com um número muito pequeno de espermatozoides.

Se for realmente impossível realizar a reprodução assistida com os gametas do próprio paciente, ainda há a possibilidade de utilizar a doação de sêmen e utilizar o material genético de um doador anônimo para fecundar os óvulos de sua parceira.

Para mais informações sobre o assunto, leia o conteúdo sobre azoospermia.

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  1. Quem perde um dos testiculos e infertil? Que exames fazer para avaliar minha situaçao? Tenho 48 anos,nordestino.

    • Olá Adriano, tudo bem?

      Sim, você pode ter filhos com apenas 1 testículo. Porém, é importante considerar o motivo desse ocorrido.
      Pois, se for por conta de um câncer, corre riscos de você ter infertilidade.

      O correto é fazer a realização do espermograma para ver a taxa de fertilidade e também recomendamos o congelamento de óvulos.

      Atenciosamente,

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