Também conhecido como esperma, o sêmen é um líquido esbranquiçado e viscoso, composto por secreções produzidas em órgãos do sistema reprodutor masculino. No momento da ejaculação, essas secreções se misturam e saem do aparelho genital.
O sêmen é fundamental no processo de reprodução, pois é o responsável por transportar os espermatozoides, gametas masculinos, dos testículos até o organismo da mulher.
O espermatozoide carrega informações genéticas de origem paterna e é o responsável por fecundar o óvulos nas tubas uterinas. É produzido pelo processo de espermatogênese, que acontece nos testículos.
Nos testículos existem os túbulos seminíferos, especializados na produção dos gametas. Com o tempo, os espermatozoides migram para o epidídimo, onde ficam armazenados até completarem a maturação.
Uma condição possível nos homens em idade reprodutiva é a azoospermia, quando não há espermatozoides no sêmen ejaculado. É uma situação considerada grave e pode causar a infertilidade masculina.
A seguir, saiba mais sobre esta situação e entenda como homens com este problema podem ter filhos.
A azoospermia é caracterizada pela ausência total de espermatozoides no sêmen ejaculado. Essa condição pode ser resultado de uma produção deficiente (azoospermia não obstrutiva) e por obstruções que impedem a passagem dos espermatozoides produzidos até o sêmen (azoospermia obstrutiva).
Normalmente, é uma condição assintomática, sendo diagnosticada somente após tentativas frustradas de engravidar a parceira. O exame realizado para detectar o problema é o espermograma.
Só é confirmada a azoospermia após dois ou mais exames detectarem a ausência total dos gametas no sêmen. Esse procedimento é adotado porque em alguns casos os espermatozoides só aparecem após uma centrifugação do sêmen ou estão presentes em apenas uma das coletas.
Alguns fatores podem ser responsáveis pelo desenvolvimento do problema, como alterações endócrinas e estruturais, infecções, medicamentos, entre outros. Existe ainda a possibilidade de azoospermia sem causa conhecida. Entre as principais causas estão:
Causas genéticas também podem influenciar no desenvolvimento da azoospermia não obstrutiva, quando a produção dos gametas é comprometida.
Na maioria dos casos a condição é assintomática, mas podem surgir alguns sintomas que indiquem o problema, como: a dificuldade para ejacular ou disfunção erétil; dor nos testículos; diminuição do desejo sexual; inchaço ou presença de nódulos nos testículos; secreções penianas; diminuição do pelos faciais e do corpo; crescimento anormal da mama.
Ao manifestar um ou mais desses sintomas, é recomendado que o homem procure auxílio médico para identificar o problema e adotar o melhor tratamento. Também é importante procurar ajuda quando houver problemas para engravidar.
O homem com azoospermia, seja a obstrutiva ou a não obstrutiva, enfrenta problemas de infertilidade. A ausência dos espermatozoides no sêmen interfere diretamente no processo de reprodução, uma vez que eles são essenciais para a fecundação.
Muitas vezes a condição é descoberta após várias tentativas frustradas de alcançar a gravidez, quando o homem procura auxílio médico e faz exames para a investigação do problema.
Em alguns casos, a quantidade de gametas encontrados no sêmen pode ser bem baixa, a ponto de não serem vistos na contagem convencional. Quando são encontrados poucos espermatozoides após a ultracentrifugação do volume da amostra, o paciente é diagnosticado com criptozoospermia.
Boa parte dos homens diagnosticados com azoospermia consegue, sim, ter filhos com ajuda do tratamento pela reprodução assistida. Existem técnicas avançadas na medicina reprodutiva capazes de auxiliar neste problema.
A principal técnica utilizada nesses casos é a fertilização in vitro (FIV) com ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoides). A FIV é um método complexo, com várias etapas realizadas em laboratório. Quando realizada com ICSI, o material espermático é analisado e preparado e somente um espermatozoide é injetado diretamente em cada óvulo para que ocorra a fecundação.
Quando confirmada a ausência total dos gametas no sêmen, existe a possibilidade da coleta do material ser feita diretamente do testículo ou do epidídimo. Esse procedimento é adotado em casos de azoospermia obstrutiva, em que os espermatozoides são produzidos e armazenados corretamente, mas não conseguem chegar ao sêmen.
Casos de azoospermia não obstrutiva, em que a produção é comprometida, o homem tem ainda a chance de realizar a FIV utilizando material de doação de sêmen. Existe um banco de doações que recebe gametas e utiliza de forma anônima em procedimentos como a FIV e a inseminação intrauterina (IIU).
Se este post foi útil para você, leia mais sobre a azoospermia, conheça suas principais causas e os melhores tratamentos em cada situação.
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