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Blastocisto ou D5: o que é?

Em um processo de fertilização natural, a fecundação ocorre no interior do corpo da mulher, nas tubas uterinas, quando o espermatozoide e o óvulo se encontram. Dela se origina o zigoto, que é levado até o útero por meio das contrações musculares e movimento ciliar das tubas.

Durante o trajeto até o útero, o zigoto inicia o seu desenvolvimento e passa por algumas divisões celulares até que ocorra a fixação nas paredes do útero, processo chamado de nidação.

Por volta do 5º dia de desenvolvimento, o embrião recebe o nome de blastocisto ou embrião D5 e é quando ele está pronto para a nidação.

Quando se realiza um procedimento de Fertilização in vitro, a fase do blastocisto é uma das fases em que se pode transferir o embrião para o útero da mulher, e a mais indicada em alguns casos específicos.

A seguir, leia mais informações sobre os estágios de desenvolvimento embrionário e o porquê da transferência ocorrer na fase de blastocisto na FIV:

Como ocorre o desenvolvimento embrionário?

O embrião é originado da fertilização do óvulo pelo espermatozoide. Inicialmente é formado o zigoto, que passa por diversas divisões celulares ao longo de seu desenvolvimento.

Cerca de 30 horas após a fertilização, logo após a formação do zigoto, ocorre a clivagem, que é uma divisão celular e dá origem aos blastômeros.

Cerca de três dias após a fecundação, essa estrutura alcança o estágio de 16 blastômeros e essa massa compacta de células passa a ser chamada de mórula.

A mórula recebe fluidos uterinos e começa a ocorrer um rearranjo de células, sendo esta a fase de blastocisto. Ela ocorre entre o quinto e sexto dia e é quando o blastocisto estabelece contato com o endométrio e faz a implantação no útero.

Passadas três semanas da fecundação, já são formados órgãos do sistema nervoso, digestório e circulatório e o coração já começa a bater. Após cinco semanas, o embrião desenvolve braços e pernas e apresenta contrações musculares.

Na nona semana, o embrião mede cerca de 2,5 cm e começa a apresentar células ósseas. Nesta fase, já possui aparência humana e passa a ser chamado de feto até o final da gestação.

O crescimento e desenvolvimento do feto continuam e, após cerda de 40 semanas contadas desde o primeiro dia da última menstruação, ocorre o nascimento do bebê.

O blastocisto na reprodução assistida

Existem técnicas de reprodução assistida que buscam auxiliar casais com dificuldades de engravidar. Considera-se a infertilidade após 12 meses de tentativas infrutíferas sem o uso de métodos contraceptivos.

Dentre essas técnicas existe a Fertilização in vitro (FIV), que é a técnica de maior complexidade e maiores taxas de sucesso. A FIV é realizada em laboratório e ocorre em cinco etapas principais, sendo elas:

A última etapa é muito importante no processo e pode ser realizada em dois estágios de desenvolvimento do embrião: durante a clivagem, também conhecido como D3, ou na fase de blastocisto, a D5.

Quando o número de embriões em desenvolvimento não for muito grande e os melhores embriões já puderem ser selecionados no estágio D3 de desenvolvimento, é possível escolher este momento para se transferir o embrião.

Porém, na maioria dos casos é feita a opção pela transferência na fase de blastocisto, devido a sua semelhança com o processo de gestação natural. Nesta fase, ocorre uma adequação fisiológica maior entre o embrião e o endométrio.

A desvantagem da transferência na fase de blastocisto é o risco da perda de até 50% desses embriões durante o processo de cultivo na incubadora.

Existem algumas técnicas complementares na FIV que servem para aumentar as chances de sucesso na reprodução assistida, entre elas o teste genético pré-implantacional (PGT), que analisa geneticamente o embrião antes que ele possa ser transferido ao útero.

Essa análise tem o objetivo de prevenir a transferência de embriões com alguma doença causada por uma alteração genética ou ainda alterações cromossômicas como a trissomia do 21, que é a responsável pela síndrome de Down.

Após esses procedimentos, os embriões selecionados são transferidos ao útero e lá ocorre a implantação. Na FIV, a transferência ocorre em laboratório e os processos seguintes dependem de outros fatores naturais e fisiológicos.

Por isso, todas as análises são realizadas antes a fim de minimizar as chances de falhas nessa implantação.

Cada casal deve passar por uma avaliação individual para que todos os fatores sejam avaliados. Os médicos decidem as melhores opções dentro da reprodução assistida para que seja possível alcançar a tão desejada gravidez.

Você pode saber mais sobre o procedimento da fertilização in vitro (FIV) e suas técnicas complementares na leitura do texto aqui no site.

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