Quando um casal decide engravidar, é comum que as primeiras tentativas não sejam bem-sucedidas. Estudos sugerem que na maioria das vezes as chances são entre 20% e 25% a cada ciclo menstrual.
Quando a gravidez não acontece após diversas tentativas, surgem sentimentos como angústia, além da ansiedade diante do insucesso. No entanto, nem sempre a demora em engravidar está relacionada a alterações na fertilidade.
A ansiedade, ou mesmo o estilo de vida, como uma alimentação com poucos nutrientes, a obesidade, o sedentarismo, o uso excessivo de álcool e o tabagismo estão entre os fatores que podem influenciar, ainda que não exista nenhuma condição que provoque alterações na saúde reprodutiva.
A idade também tem impacto negativo, pois os níveis da reserva ovariana naturalmente decrescem a partir dos 35 anos, ao mesmo tempo que a qualidade dos óvulos e espermatozoides também diminui.
É importante, entretanto, observar sinais e sintomas que podem indicar o funcionamento inadequado dos sistemas reprodutores feminino e masculino. Eles indicam a necessidade de procurar auxílio médico para investigar as possíveis causas e se há infertilidade.
Continue a leitura para entender melhor o que pode causar a infertilidade feminina e masculina e quais sintomas podem indicar o problema.
A infertilidade é definida como uma doença do sistema reprodutivo caracterizada pela falha em alcançar a gravidez clínica após 1 ano ou mais de relações sexuais regulares sem proteção: depois desse período mais de 80% dos casais saudáveis atingem o objetivo.
Assim, se não houver sucesso, torna-se necessário uma investigação criteriosa das possíveis causas e início de tratamento o mais breve possível, uma vez que a partir do terceiro ano de tentativa as chances de eficácia reduzem em aproximadamente 45%.
A infertilidade de um casal pode ser igualmente provocada por fatores femininos ou masculinos. Os distúrbios de ovulação são a causa mais comum de infertilidade feminina, que pode resultar, ainda, de obstruções nas tubas uterinas ou de alterações na anatomia do útero. São disfunções consequentes de diferentes condições.
Já a infertilidade masculina quase sempre está relacionada a alterações na produção dos espermatozoides (espermatogênese), na estrutura (morfologia e motilidade), no DNA e a dificuldades no transporte ou disfunção sexual.
Conheça os sintomas que indicam a possibilidade de infertilidade feminina
Embora a tentativa malsucedida de engravidar após um ano de relações sexuais desprotegidas seja o principal indicativo de infertilidade, alguns sintomas também podem alertar para o problema. Os principais incluem:
Muitas vezes as causas de infertilidade na mulher geram distúrbios hormonais, que podem se manifestar com irregulares menstruais, dores pélvicas e cólicas intensas. Veja os mais comuns:
É comum que a infertilidade do homem seja assintomática, no entanto, algumas condições que afetam a fertilidade podem causar a manifestação de sintomas como:
Quando há suspeita de infertilidade homens e mulheres são submetidos a exames laboratoriais e de imagem para identificar a possível causa. Diferentes abordagens terapêuticas podem ser indicadas, definidas a partir dessa investigação.
O tratamento pode ser feito, inicialmente pela administração de medicamentos como anti-inflamatórios não esteroides e hormônios, ou por cirurgia, o que possibilita a restauração da fertilidade em boa parte dos casos ao proporcionar a cura ou controle da condição.
Quando não há sucesso gestacional após esses tratamentos e nos casos em que a infertilidade é causada por fatores de maior gravidade, femininos e masculinos, e quando a idade é um fator limitante, por piorar a qualidade dos gametas, as técnicas de reprodução assistida aumentam as chances de gravidez.
Elas são indicadas de acordo com a causa e podem ser de alta ou baixa complexidade. Para problemas de menor gravidade geralmente a gravidez pode ser obtida a partir do tratamento com as técnicas de baixa complexidade, relação sexual programada (RSP) e inseminação artificial (IA), nas quais a fecundação acontece naturalmente, nas tubas uterinas
Já para os de maior gravidade é indicada a fertilização in vitro, que prevê a fecundação de forma artificial, em laboratório e transferência dos embriões formados posteriormente para o útero.
Em todas é possível obter a gravidez. Na RSP e IA os percentuais acompanham os da gestação natural: entre 20% e 25% a cada ciclo de tratamento. Enquanto na FIV são, em média, 50%.
Siga o link e leia também nosso texto institucional que aborda esse tema.
Deixe o seu comentário: