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Congelamento de embriões: saiba mais sobre as possibilidades e regras

As técnicas de reprodução assistida vêm evoluindo muito ao longo dos anos, trazendo cada vez mais soluções para problemas de infertilidade masculina e feminina, aumentando também as chances de sucesso dos procedimentos já existentes.

Entre as principais, encontra-se a fertilização in vitro (FIV), que também possibilita a realização de procedimentos complementares ao tratamento. Um deles é a criopreservação, que consiste no congelamento de material biológico (gametas ou embriões). Com a criopreservação, conseguimos preservar as características e a qualidade desses materiais para o uso posterior em tratamentos de reprodução assistida.

Inicialmente, utilizava-se a técnica de congelamento lento, porém, com os avanços da medicina, foi desenvolvida a vitrificação, que permite um congelamento ultrarrápido para evitar que cristais de gelo se formem no interior das células e as danifiquem. Atualmente, a vitrificação é utilizada em praticamente 100% dos casos de criopreservação, por ser mais eficiente.

Esse procedimento oferece diversas possibilidades, entre elas a preservação social da fertilidade, quando, por exemplo, mulheres mais jovens optam por congelar seus óvulos para utilizá-los no futuro. Além disso, podem ser congelados os espermatozoides, embriões e outros materiais biológicos.

Neste texto, saiba mais sobre o congelamento de embriões e entenda como ele é feito por meio dessa técnica.

Quando o congelamento de embriões pode ser feito?

Existem algumas situações em que o congelamento de embriões pode ser indicado. O procedimento é realizado durante o tratamento pela FIV, que acontece em cinco etapas principais: estimulação ovariana, aspiração folicular e preparo seminal para a coleta dos gametas, fecundação, cultivo dos embriões e transferência embrionária.

Após a formação e o cultivo dos embriões em um meio de cultura adequado, é possível congelá-los, se necessário. Esse processo é possibilita o uso em um ciclo posterior ou no futuro.

Em alguns casos, o preparo endometrial pode não acontecer da forma correta ou um desequilíbrio hormonal pode fazer com o endométrio não esteja receptivo ao embrião, impossibilitando a implantação embrionária ou diminuindo as chances de sucesso. Quando isso acontece, todos os embriões formados em um ciclo são criopreservados e transferidos no seguinte.

A criopreservação também pode acontecer quando existem embriões excedentes após o primeiro ciclo da FIV.

Quando o congelamento de embriões é obrigatório?

A criopreservação torna-se obrigatória quando existem embriões excedentes em um ciclo de tratamento na FIV. Isso pode ocorrer quando há uma estimulação ovariana muito intensa e a fecundação de um número maior de óvulos.

Existem regras que regulamentam a transferência dos embriões, portanto, o material excedente deve ser obrigatoriamente congelado. O Conselho Federal de Medicina (CFM) determina que:

Outra técnica complementar à FIV é a doação de óvulos, que pode ser utilizada quando a mulher possui algum impedimento de utilizar os seus. Nesses casos, é considerada a idade da mulher doadora dos gametas para regulamentar a transferência embrionária.

Os embriões excedentes criopreservados podem ser utilizados em uma nova tentativa, caso a primeira não dê o resultado esperado, ou para uma nova gestação no futuro. Dessa forma, não é necessário passar pelas etapas iniciais novamente, como a indução da ovulação, tornando o tratamento mais simples e mais rápido.

Como o congelamento de embriões é feito em cada contexto?

O congelamento de embriões pode ser feito de forma parcial ou total, variando de acordo com cada situação. Nos casos em que existe um material excedente, ocorre a criopreservação parcial, congelando aqueles que não serão utilizados no procedimento.

Outra possibilidade é a técnica freeze-all, utilizada quando a receptividade endometrial não é boa e o tratamento precisa ter continuidade em um próximo ciclo. Nesse caso, todo o material é congelado para a sua preservação.

O procedimento pode ser feito por congelamento lento ou vitrificação, sendo essa última a mais utilizada devido à sua maior eficiência. No congelamento ultrarrápido, a solidificação do material, semelhante a um vidro, evita a formação de cristais de gelo que possam danificar os embriões.

Durante a FIV, a fecundação acontece em laboratório resultando na formação dos embriões. Esses são cultivados em um meio de cultura até que estejam prontos para a próxima etapa. Normalmente, esse cultivo dura de 3 a 6 dias, podendo o material ser congelado após esse período.

A taxa de sucesso nos tratamentos em que ocorre o congelamento de embriões é semelhante à das transferências realizadas com eles frescos. Também não há ocorrências do aumento do risco de desenvolvimento de doenças congênitas ou complicações durante a gestação.

Se você se interessa por este assunto, leia mais sobre a criopreservação e entenda melhor essa técnica que auxilia em diferentes situações.

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