O espermograma é um exame laboratorial realizado para analisar parâmetros do sêmen e identificar características dos espermatozoides, os gametas masculinos. Ele é usado para avaliar a saúde reprodutiva do homem e aspectos que possam caracterizar a infertilidade masculina.
Casais que passam por mais de 12 meses de tentativas de engravidar, sem o uso de métodos contraceptivos, e não alcançam a gravidez, devem procurar um especialista para investigar as causas do problema.
O homem e a mulher passam por exames que analisam seus gametas e sistema reprodutivo para confirmar se estão saudáveis. Quando algo não está dentro do normal, eles podem optar pelo tratamento por reprodução assistida.
No caso dos homens, o espermograma é o exame padrão para avaliar o sêmen e os espermatozoides, a fim de encontrar ou descartar a presença de alterações que justifiquem a dificuldade para engravidar.
Assim, é possível determinar o melhor caminho durante o tratamento contra a infertilidade, adotando a melhor técnica dentro das necessidades do casal. De forma individualizada, as chances de sucesso na reprodução assistida são muito maiores.
A seguir, entenda como o espermograma analisa os parâmetros seminais e como os seus resultados são avaliados.
O espermograma é realizado em uma clínica especializada e a coleta do sêmen é feita pelo paciente por masturbação. Ele deve se encontrar em completa abstinência sexual por 2 a 5 dias antes do procedimento.
O material é depositado em um recipiente de vidro ou de plástico e não devem ser utilizados lubrificantes para não contaminar a amostra. Após esse processo, é enviado ao laboratório para ser analisado.
Para essa análise são levados em consideração alguns parâmetros e características do sêmen e dos espermatozoides. Assim, é possível identificar as alterações encontradas e definir a melhor opção de tratamento em cada situação.
O exame é indicado na investigação de casos de infertilidade, quando o casal busca respostas sobre a sua dificuldade para engravidar de forma natural. Nos tratamentos de reprodução assistida, o espermograma é solicitado para avaliar as condições do homem e determinar os métodos utilizados em cada técnica.
O espermograma faz dois tipos de avaliações: a macroscópica e a microscópica. A análise macroscópica avalia aspectos do sêmen, como:
Já a microscópica analisa a concentração e o número de espermatozoides no sêmen, motilidade (capacidade de movimentação), vitalidade e morfologia (formato).
Qualquer alteração encontrada nesses aspectos pode indicar algum problema de saúde que interfere na fertilidade do homem. Portanto, é essencial que essa análise seja feita de forma criteriosa, a fim de direcionar o melhor tratamento em cada caso.
O ideal é que sejam realizadas de duas a três análises do material coletado, com intervalo de no mínimo 15 dias entre as coletas para confirmar os diagnósticos encontrados.
Existem alguns possíveis resultados após a avaliação deste material que podem indicar problemas e dificuldade para alcançar a gravidez. Dentre as características analisadas pode-se encontrar os seguintes resultados:
Quando um percentual alto de espermatozoides presentes nas amostras tem a capacidade de movimentação reduzida, baixa motilidade progressiva. Em muitos casos não é possível determinar as causas reais da astenozoospermia, mas ainda existe a possibilidade de tratamento.
Quando um percentual alto de espermatozoides presentes nas amostras têm o formato inadequado. Neste casos, podem ser realizados novos exames para complementar o diagnóstico e encontrar possíveis causas de infertilidade.
Quando a concentração de espermatozoides presentes nas amostras é inferior ao que é considerado normal. Em casos graves, é possível que a melhor opção para engravidar seja pela reprodução assistida.
Quando após a centrifugação das amostras são encontrados raros espermatozoides. Nessa situação, a fertilização in vitro (FIV) pode ser uma boa opção de tratamento por permitir a utilização desses poucos espermatozoides. Quando os raros que saem no ejaculado não tiverem qualidade adequada, é possível a retirada do gameta diretamente dos testículos ou dos epidídimos, viabilizando a ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide).
Quando não existem gametas na amostra coletada é diagnosticada a azoospermia, uma das principais causas de infertilidade masculina. Pode ser causada por diversas condições e é classificada como obstrutiva e não-obstrutiva. Homens com azoospermia, também podem ter os espermatozoides recuperados dos epidídimos ou testículos e utilizados na FIV.
A análise do material deve ser feita sempre por um médico especialista no assunto, pois ele será capaz de determinar os resultados e direcionar o paciente para um melhor tratamento de acordo com o seu caso.
Existem opções na reprodução assistida capazes de auxiliar em casos de infertilidade masculina, como a inseminação artificial (IA) e a FIV. A IA é um método menos complexo e indicado quando os resultados indicam alterações mais leves.
Já a FIV é uma técnica mais complexa, que utiliza procedimentos mais avançados em laboratório. É muito indicada em casos mais graves de infertilidade ou quando outros métodos não são eficientes.
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