O preparo seminal é um procedimento utilizado nas técnicas de reprodução assistida: inseminação artificial e fertilização in vitro (FIV). É realizado para identificar e selecionar os melhores espermatozoides a serem utilizados no tratamento de infertilidade.
Esse método é considerado como uma técnica complementar, pois é utilizado para aumentar as possibilidades de gravidez. Em muitos casos, pode ser essencial para determinar o sucesso do tratamento.
Para selecionar os espermatozoides, são levados em consideração os aspectos microscópicos, como a morfologia e a motilidade.
A seguir, saiba como é feito o preparo seminal e qual a sua importância para a fertilidade.
O preparo seminal pode ser utilizado em duas técnicas da reprodução assistida: na inseminação artificial (IA) e na fertilização in vitro (FIV). Ambas são muito eficientes e possuem métodos diferentes para atender cada situação.
A IA é indicada em casos mais leves de infertilidade e é considerada uma técnica menos complexa. Ela tem início com a estimulação ovariana para aumentar o desenvolvimento folicular e liberar mais óvulos para o procedimento. Depois disso, os espermatozoides selecionados pelo preparo seminal são depositados no útero da mulher e a fecundação acontece de forma natural.
Já a FIV é uma técnica mais complexa, muito recomendada em casos mais graves de infertilidade. Também tem início com a estimulação ovariana e conta com mais quatro etapas principais: punção folicular e preparo seminal, fecundação, cultivo dos embriões e transferência embrionária, além de possível criopreservação de embriões quando oportuno.
Nesse método, a fertilização acontece em laboratório logo após a análise seminal e a seleção dos melhores espermatozoides para o tratamento. Existe também a opção de FIV por ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoides), um método de fecundação ainda mais eficiente.
Graças ao preparo seminal, é possível identificar os melhores gametas e injetar apenas um de melhor qualidade diretamente no óvulo para a fecundação.
Na FIV é possível ainda extrair os espermatozoides dos epidídimos, ductos por onde os gametas são transportados depois de maduros, pela PESA, ou dos testículos por TESE e Micro-TESE. Isso acontece normalmente quando não são encontrados no sêmen analisado.
Para que a reprodução aconteça existem aspectos a serem considerados, como a fertilidade do homem e da mulher, que depende do bom funcionamento do corpo. É muito comum que alguns homens em idade reprodutiva encontrem dificuldades para alcançar a gravidez.
Isso acontece devido a problemas de alteração na produção dos gametas masculinos, que podem causar a diminuição na qualidade e quantidade de espermatozoides. O preparo seminal é muito importante para a fertilidade, pois pode devolver a esses homens a chance de se tornarem pais.
Tanto situações mais leves quanto as mais graves podem ser beneficiadas pelo procedimento e, por isso, o método é tão utilizado atualmente na medicina reprodutiva. O preparo seminal contribui para aumentar as chances de sucesso dos tratamentos.
Por isso, homens que passam pela infertilidade, independente da causa do problema, podem procurar auxílio da medicina reprodutiva, que conta com técnicas disponíveis para atuar em diferentes casos a fim de alcançar a gravidez.
Inicialmente o Sêmen é coletado em laboratório por masturbação e colocado em recipientes apropriados para não haver contaminação. É importante que o homem não utilize nenhum tipo de lubrificante para não interferir nos resultados da análise.
Para realizar o preparo seminal podem ser escolhidas duas técnicas diferentes: gradiente descontínuo de densidade e migração ascendente ou swim-up. A técnica utilizada sempre depende da amostra obtida – nos casos em que há uma boa quantidade e motilidade dos espermatozoides, a técnica do swim-up é mais interessante; nas demais situações, prefere-se a de densidade de gradiente.
O gradiente descontínuo de densidade utiliza uma força centrífuga aplicada no sêmen em um tubo de ensaio. De acordo com a densidade os espermatozoides estratificam em diferentes camadas do gradiente.
Os que possuem melhor morfologia e motilidade, de maior densidade, formam um sedimento no fundo do tubo, enquanto os menos qualificados estratificam na camada superior.
Já na migração ascendente ou swim-up, o material coletado é inserido em um tubo de ensaio juntamente com uma substância como meio de cultura. Os gametas de melhor qualidade se desprendem com a força de centrifugação, e ficam armazenados no meio de cultura.
Para analisar os resultados, são levados em consideração diversos aspectos como a morfologia e a motilidade. A partir disso, é possível definir aqueles de melhor qualidade e selecionar para os procedimentos em busca da gravidez.
A motilidade é avaliada após a observação da movimentação dos gametas em forma direcional progressiva. Já a sua morfologia é definida com a análise da cabeça, “pescoço” (peça intermediária) e cauda dos espermatozoides.
Em situações menos graves, quando o material é de alta qualidade, pode ser necessária apenas uma lavagem simples, que realiza uma centrifugação em um meio de lavagem, selecionando os espermatozoides com melhor motilidade.
Se você se interessou por esse assunto, saiba mais sobre o preparo seminal e entenda melhor como funciona o procedimento.
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