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Investigação das causas de aborto de repetição: como é feita?

A interrupção involuntária da gestação antes do seu término, também pode ser considerada uma causa de infertilidade feminina. O abortamento espontâneo não é incomum durante o primeiro trimestre da gravidez e as suas causas não são facilmente diagnosticadas. Quando ele ocorre repetidas vezes — o que chamamos de abortamento de repetição — o impacto e a frustração do casal é ainda maior.

O tema ainda é pouco discutido, gerando muitas dúvidas como o uso dos termos mais adequados. O abortamento espontâneo é o processo de expulsão do feto antes da 20ª semana de gestação, enquanto o aborto é o produto desse processo. E quando a mulher passa por duas ou mais perdas gestacionais consecutivas, chamamos de abortamento de repetição.

O abortamento é um momento muito delicado para a mulher e para as pessoas próximas a ela, podendo desencadear quadros de ansiedade e depressão. Quando ele não é um evento isolado e acontece mais de uma vez, é importante procurar ajuda médica especializada.

Neste artigo, o nosso objetivo é apresentar uma visão geral sobre esse assunto. Vamos mostrar como é realizada a investigação para descobrir as possíveis causas de abortamento de repetição e indicar as condutas mais indicadas para os casais tentantes.

Boa leitura!

Quais fatores podem causar o abortamento de repetição?

Diversos fatores podem provocar o abortamento de repetição e vamos mostrar, nesse artigo, as mais comuns. A seguir, confira as suas principais causas.

Anormalidades cromossômicas

O feto possui 46 cromossomos, sendo herdados 23 pelo lado materno e 23 do lado paterno. As anormalidades cromossômicas podem acontecer por um erro no número de cromossomos ou por um erro na sua estrutura.

Anormalidades uterinas

As anormalidades uterinas podem ser congênitas ou adquiridas em decorrência de alguma doença. As principais malformações congênitas são: útero didelfo, bicorno, unicorno e septado. Elas diminuem o espaço para o desenvolvimento do feto e também podem causar problemas no fluxo sanguíneo para a placenta.

Além disso, miomas, adenomiose, pólipos endometriais e outras doenças que provocam aderências no órgão, como a endometriose, também são fatores de risco.

Doenças e condições

Existem diversas doenças e condições que aumentam o risco de abortamento de repetição. Doenças da tireoide, diabetes e inflamações provocadas pela falta de tratamento de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) são alguns exemplos.

Além disso, a trombofilia é a outra condição detectável que eleva risco de abortamento, sendo uma condição hereditária ou adquirida que provoca um problema na coagulação do sangue. As obstruções causadas pelo espessamento sanguíneo diminuem o fluxo direcionado para a placenta e, consequentemente, o feto recebe menos nutrientes.

Como é feita a investigação para detectar as causas?

Diversos exames podem ser realizados para a investigação das causas do abortamento de repetição. A avaliação tem início com a anamnese, com o objetivo de entender o histórico familiar e pessoal da paciente e do seu parceiro. A partir das informações coletadas na entrevista, o médico tem um ponto de partida para indicar quais exames serão necessários.

Cada caso é único, por isso, a paciente faz apenas os exames necessários para a sua realidade. Entre os exames mais pedidos estão:

Os exames de sangue conseguem identificar doenças como a diabetes, a trombofilia e também são importantes para avaliar a saúde da mulher no geral. O exame do cariótipo avalia se a causa do abortamento é genética, por meio da análise dos cromossomos maternos e paternos, sendo também realizado a partir da coleta de sangue.

As doenças relacionadas à tireoide e outros hormônios que podem causar alterações no ciclo menstrual são diagnosticadas com exames hormonais. Enquanto, os sorológicos investigam as infecções que podem afetar a saúde reprodutiva da paciente.

Os exames de imagem, como a ultrassonografia pélvica, a histerossalpingografia e a histerossonografia são indicados para avaliar os órgãos do sistema reprodutor feminino e detectar anormalidades uterinas.

Porém, apesar de todos os exames, não é possível identificar a causa que provocou o abortamento de repetição na maioria dos casos.

Existe tratamento para engravidar após o abortamento de repetição?

Quando a causa é identificada, algumas condições podem ser tratadas com cirurgias ou medicamentos, como a trombofilia, desequilíbrios hormonais e anormalidades uterinas. Em geral, a conduta ideal é que o tratamento seja concluído antes de uma nova tentativa de engravidar.

No entanto, para os casos de anormalidades cromossômicas ou dificuldade para engravidar mesmo após o tratamento, a reprodução assistida é a alternativa com melhores resultados para os casais tentantes. A fertilização in vitro (FIV) é a técnica mais moderna atualmente, pois possibilita a adição de processos complementares durante o procedimento que podem diminuir o risco de um abortamento.

O abortamento de repetição é caracterizado pela ocorrência de duas ou mais perdas gestacionais espontâneas consecutivas. A investigação das causas é muito importante, porém, na maioria dos casos, ela não é identificada. O abortamento é um momento muito delicado e de grande estresse para a mulher e seus familiares, por isso, o apoio emocional nessa fase é fundamental.

Neste artigo, mostramos como é feita a investigação para descobrir as causas de um problema que pode ocorrer durante a gestação. Para ter uma visão mais completa sobre o assunto, confira o nosso artigo sobre o abortamento de repetição!

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    • Olá Luciene, tudo bem?

      É muito frustrante quando isso acontece, abala bastante o emocional da mulher que sofreu com essa perda.

      As condutas médicas fisiológicas envolvidas no cuidado após a perda gestacional podem incluir a aspiração manual intrauterina (AMIU), ou por meio da curetagem convencional, repouso nas 2 horas seguintes ao procedimento e atenção a alterações que possam significar complicações pós-aborto.

      O casal deve ficar atento e procurar atendimento médico imediato caso observem cólicas por tempo prolongado, sangramento por mais de duas semanas ou mais abundante do que uma menstruação normal, dor intensa ou prolongada e principalmente febre, calafrios, mal-estar geral e desmaios.

      Após esse processo pode iniciar a investigação, e o tratamento mais adequado para cada caso é definido com base nos resultados diagnósticos.

      Caso você queira agendar uma consulta pode nos contatar, estaremos a disposição.

      Atenciosamente,

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