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O que é corpo-lúteo e qual sua função?

O ciclo menstrual representa uma série de mudanças no corpo da mulher, de forma a prepará-la para o processo de reprodução. Com a ação dos hormônios no organismo, os gametas são liberados e o útero é preparado para receber o embrião e iniciar a gestação.

Normalmente dura cerca de 28 dias e é dividido em três fases: folicular, ovulatória e lútea. Nesse período, os folículos se desenvolvem, liberam os óvulos por meio da ovulação e o endométrio, camada de revestimento interno do útero, sofre um espessamento. 

Quando a fecundação não acontece, o endométrio é renovado, sendo eliminado durante a menstruação. Assim, um novo ciclo inicia, processo que se repete a cada mês.

O corpo-lúteo é uma estrutura formada nos ovários logo após a ovulação e é responsável por favorecer a implantação do embrião. Ele produz progesterona, um dos principais hormônios femininos envolvidos na fertilidade, que atua no preparo final do endométrio e na manutenção da gestação nos períodos iniciais.

Para entender a reprodução, é importante saber sobre esses processos e sobre as estruturas que atuam no caminho até a gestação. A seguir, saiba o que é o corpo-lúteo e entenda a sua importância na fertilidade:

O que é corpo-lúteo e qual a sua importância na fertilidade? 

Formado logo após a liberação dos óvulos, o corpo-lúteo é uma estrutura que secreta a progesterona e participa ativamente do processo de reprodução.

Os óvulos estão localizados dentro dos folículos que se desenvolvem durante o ciclo menstrual para que amadureçam e liberem esses gametas. Após essa liberação, o folículo rompido dá origem ao corpo-lúteo, que auxilia na preparação do endométrio para a chegada do embrião.

Quando a fecundação acontece, o zigoto formado inicia uma divisão celular até a formação embrionária. O embrião se dirige ao útero para se fixar no endométrio. Além de atuar na preparação endometrial, o corpo-lúteo é responsável por manter a gravidez até que a placenta inicie a liberação de progesterona. Quando a gestação não tem início, se degenera.

Quando o corpo lúteo se desfaz e quando ocorre sua manutenção?

A fase lútea é a última do ciclo menstrual e dura de 11 a 16 dias, em média. Quando a mulher não engravida, o corpo-lúteo se degenera, diminuindo de tamanho e originando o corpo hemorrágico. Posteriormente, se transforma em um tecido cicatricial denominado corpo albicans ou corpo branco. 

Já em casos em que a gestação tem início, ele produz progesterona durante as primeiras semanas, até que a placenta inicie essa função (por volta da 10ª semana gestacional). Dessa forma, ele se degenera gradualmente.

Esse processo acontece da mesma maneira em todos os ciclos menstruais regulares e quando a mulher não sofre com nenhum tipo de doença ou alteração que comprometa a sua fertilidade.

Como a reprodução assistida pode ser utilizada em casos de infertilidade?

A formação do corpo-lúteo, assim como todo o processo complexo que envolve a reprodução humana, necessita de diversos aspectos para ser realizada corretamente e de maneira saudável.

Um dos principais fatores observados nesse caso é o equilíbrio hormonal. A ação dos hormônios é fundamental durante o ciclo menstrual e na manutenção da gestação, sendo de extrema importância o bom funcionamento do sistema endócrino.

Existem algumas doenças capazes de afetar a ação hormonal e os processos que são desenvolvidos por ela. Entre as consequências está uma condição chamada de defeito na fase lútea, em que não há produção suficiente de progesterona pelo corpo-lúteo, o que pode ser provocado por doenças ou mesmo pela prática de exercícios físicos em excesso. 

Assim, todo o caminho até a gravidez pode ser comprometido, pois o endométrio não é preparado corretamente, resultando em falhas de implantação e abortos de repetição.

Existem métodos disponíveis na medicina reprodutiva realizados para auxiliar homens e mulheres com problemas de infertilidade. A indicação da melhor técnica é feita de acordo com a situação, a fim de aumentar as chances de sucesso.

A reprodução assistida conta com três técnicas principais: a relação sexual programada (RSP), a inseminação artificial (IA) e a fertilização in vitro (FIV). Elas possuem diferentes níveis de complexidade, sendo a RSP e a IA mais baixas e a FIV mais alta.

Todas elas realizam a estimulação ovariana que ajuda em casos de alterações hormonais. Com o uso de hormônios semelhantes aos produzidos naturalmente, é possível promover o desenvolvimento folicular e obter mais óvulos.

Além disso, a FIV possui técnicas complementares realizadas para aumentar as possibilidades de gravidez ou para resolver questões que as demais não são capazes. Uma das opções nesses casos é o preparo endometrial, feito também com hormônios para promover o espessamento do endométrio para a implantação do embrião.

Além disso, se durante o tratamento ainda forem observados defeitos na fase lútea, é possível adoção de uma terapia com progesterona, até que a placenta seja formada assumindo a função de produção do hormônio. 

Mulheres que desejam engravidar devem entender o funcionamento do seu corpo e estar atentas a alguns detalhes. Leia também sobre como calcular o período fértil e fique por dentro também desse assunto.

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