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O que pode afetar a reserva ovariana?

A quantidade de folículos que a mulher possui armazenados em seus ovários representa a reserva ovariana. Ao nascer, ela já possui uma quantidade pré-determinada e ao longo de sua vida reprodutiva eles se desenvolvem para que possam liberar os óvulos.

Durante o ciclo menstrual, parte dos folículos é recrutada e passa a sofrer influência de hormônios para que os óvulos contidos dentro deles amadureçam e sejam liberados em direção às tubas uterinas, onde ocorre a fecundação.

Ao longo de sua vida reprodutiva, a mulher diminui a quantidade da sua reserva ovariana de forma natural, pois os folículos que foram recrutados, mas não se desenvolveram, são perdidos após a ovulação: em cada ciclo, apena um se torna dominante e amadurece liberando o óvulo. A qualidade também vai diminuindo, já que o tempo agirá sobre esses óvulos que existem desde o nascimento.

Essa reserva também pode ser afetada por algum tipo de doença ou alteração no corpo, e é possível que aconteça a infertilidade feminina. É comum que a mulher encontre dificuldades para engravidar ao se deparar com um número menor de óvulos disponíveis, com a ausência de ovulação ou ainda com a perda de qualidade desses gametas.

Neste texto, saiba com mais detalhes sobre problemas que podem afetar a reserva ovariana e diminuir a fertilidade da mulher.

O que pode afetar a reserva ovariana?

Existem diversas condições que podem afetar a reserva ovariana e interferir na liberação dos gametas femininos. Além do fator natural, em que já se espera que a reserva diminua em quantidade e qualidade, distúrbios na ovulação podem ser sinais de alerta para esse risco.

Algumas mulheres podem sofrer com a falência ovariana prematura (FOP), também conhecida como menopausa precoce. Nessa condição, ocorre uma perda natural acelerada da função dos ovários, antes mesmo dos 40 anos de idade.

O sistema endócrino é um importante aliado do sistema reprodutor durante o processo de reprodução. Os hormônios possuem papel fundamental nessa situação, trabalhando em todo o processo até a gravidez e durante o desenvolvimento do feto.

Quando a mulher sofre com algum desequilíbrio hormonal, causado por alguma doença ou alteração em seu organismo, é possível que a sua reserva ovariana seja afetada, pois os hormônios são importantes reguladores do ciclo menstrual e da ovulação.

Esses problemas podem resultar na anovulação, quando não ocorre a liberação do óvulo para fecundação. Entre as causas principais para essa condição, estão:

Outros fatores podem causar, ainda, quedas consideráveis na reserva ovariana, como tratamentos oncológicos, procedimentos cirúrgicos nos ovários e o uso excessivo de álcool e drogas. Além disso, históricos de menopausa precoce na família devem servir de grande alerta.

Ao suspeitar de algum tipo de problema que afete a reserva ovariana, o médico pode solicitar alguns exames para a investigação das causas. Existem exames capazes de identificar se a mulher possui uma boa quantidade de folículos em seus ovários.

Dessa forma, quando diagnosticada alguma doença ou alteração que interfira no desenvolvimento folicular e na quantidade de gametas disponíveis, é possível determinar os tratamentos adequados a fim de preservar a fertilidade da mulher.

Como avaliar a reserva ovariana?

Para avaliar a reserva ovariana são levados em consideração alguns aspectos, como a quantidade de folículos antrais, aqueles que armazenam o óvulo primário e possuem a capacidade de ovular.

Para esse fim, o principal exame é a ultrassonografia transvaginal, que permite a identificação de folículos menores, bem como a contagem dos folículos antrais.

Outros testes podem ser solicitados para complementar a avaliação da reserva ovariana, como a identificação da dosagem hormonal de FSH, estradiol e do hormônio anti-mulleriano.

Os hormônios possuem papel essencial na ovulação e, por esse motivo, ao avaliar a dosagem hormonal é possível obter dados sobre a função ovariana, determinando assim aspectos importantes da fertilidade da mulher. Esse exame pode ser feito de forma simplificada pela avaliação do sangue da paciente.

O hormônio anti-mulleriano representa uma proteína produzida pelas células e está presente nos folículos, principalmente nos pré-antrais e antrais. Quando os níveis desse hormônio se encontram baixos, significa que a reserva ovariana também é.

Em alguns casos, somente um desses testes pode não ser totalmente conclusivo para determinar ou descartar a infertilidade da mulher. Dessa maneira, eles podem ser realizados de forma combinada para garantir maior precisão no diagnóstico.

O que pode ser feito para preservar a reserva ovariana?

Com o avanço da medicina reprodutiva, é possível solucionar diversos problemas de infertilidade masculina e feminina. Além disso, existem técnicas capazes de promover a preservação da fertilidade.

Algumas mulheres possuem o desejo de estabelecer uma independência financeira antes de engravidar. Porém, é de conhecimento prévio que a sua fertilidade tende a diminuir com o passar dos anos, possuindo uma queda considerável a partir dos 35 anos de idade.

Na reprodução assistida existe a possibilidade da preservação social da fertilidade feminina por meio do congelamento de óvulos. Dessa maneira, a mulher mantém os seus gametas preservados durante um longo período de tempo até que deseje utilizá-los futuramente.

A técnica utilizada para esse fim é a criopreservação, atualmente realizada por vitrificação, técnica de congelamento ultrarrápido. Posteriormente, quando desejar, a gravidez é obtida pela fertilização in vitro (FIV).

Para preservar seus gametas, inicialmente a mulher é submetida ao procedimento de estimulação ovariana, no qual recebe uma dosagem hormonal que estimula o desenvolvimento ovariano para obter mais óvulos. Esse material é congelado e preservado pelo tempo que ela considerar necessário.

Em alguns casos, mulheres em tratamento para o câncer, podem sofrer com problemas de infertilidade. A FIV permite ainda a preservação oncológica da fertilidade, que garante às mulheres em tratamento, guardar seu material biológico para ter seus filhos quando estiverem curadas.

Toque aqui e leia mais sobre a avaliação da reserva ovariana.

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