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Veja como é feita a avaliação da reserva ovariana

Existem diversos fatores fundamentais para a fertilidade feminina, como o perfeito funcionamento dos órgãos reprodutores, as dosagens hormonais, entre outros. Um dos mais importantes fatores para que a mulher consiga engravidar naturalmente está relacionado aos óvulos.

A ovulação é um processo que acontece a cada ciclo menstrual da mulher, no qual um óvulo maduro sai do ovário em direção às trompas de Falópio, com o objetivo de encontrar um espermatozoide. Se eles se encontram, acontece a fecundação e o início de uma gestação. Se não acontece, a mulher menstrua após alguns dias e o ciclo se inicia novamente.

Apesar de um único óvulo ser liberado a cada ovulação, vários são perdidos nesse processo. A quantidade de óvulos que a mulher possui disponível em seu corpo para a fecundação recebe o nome de reserva ovariana. Com o passar do tempo e o avançar da idade, essa reserva vai diminuindo até se esgotar.

A baixa reserva ovariana ou seu esgotamento causam infertilidade feminina por fator ovulatório. A seguir você encontrará mais informações sobre a reserva ovariana e como ela pode ser avaliada para auxiliar na reprodução humana:

O que é a reserva ovariana?

Toda mulher possui uma quantidade de óvulos disponíveis em seus ovários, que ao longo da vida e dos ciclos menstruais, são liberados para que ocorra a fecundação. Em outras palavras, as mulheres já nascem com todos os óvulos e não há a produção ao longo da vida, então essa quantidade — chamada de reserva ovariana — é diminuída a cada ovulação.

A reserva ovariana é um importante marcador da fertilidade e, ainda que a diminuição desses óvulos ao longo da vida seja progressiva, a fecundidade pode variar significativamente entre mulheres de uma mesma faixa etária.

A maioria das mulheres possui um ciclo menstrual normal até bem próximo da menopausa. No período entre a primeira menstruação e os 30 anos de idade, é comum que a fertilidade feminina se mantenha estável. Entre 30 e 35 anos há uma queda desta fertilidade, mas ainda a maioria das mulheres possui um boa qualidade e quantidade de óvulos. A partir dos 35 anos a taxa de infertilidade tende a se acentuar.

Ao chegar aos 38 anos de idade, a maioria das mulheres já teve uma queda expressiva da reserva ovariana, diminuindo significativamente as chances de engravidar. A partir dos 40 anos devemos também considerar que os últimos óvulos a serem liberados possuem maiores taxas de alterações genéticas, aumentando os riscos de abortos espontâneos ou crianças com malformações.

Além da diminuição natural, a reserva ovariana também pode ser alterada por uma condição conhecida como insuficiência ovariana prematura ou menopausa precoce, que modifica a função normal dos ovários em mulheres com menos de 40 anos de idade.

Mulheres que passaram por procedimentos de tratamento para o câncer também têm sua reserva ovariana afetadas. Após esses procedimentos oncológicos, os gametas femininos morrem ou perdem a qualidade.

Sabendo disso, é de grande importância para a mulher conhecer mais sobre a sua reserva ovariana, o que pode ser feito por meio de uma avaliação detalhada.

Como é feita a avaliação da reserva ovariana?

Com a avaliação da reserva ovariana é possível determinar a capacidade de reprodução da mulher. São vários exames que podem ser utilizados, principalmente para mulheres que buscam engravidar por meio de tratamentos de reprodução assistida.

Alguns testes são realizados para avaliar a reserva ovariana, dentre eles estão:

Ultrassonografia transvaginal

É um dos testes mais indicados para a avaliação da reserva ovariana e pode realizar uma contagem de folículos antrais nos ovários, se realizado no período menstrual.

Os folículos antrais compreendem um estágio inicial de desenvolvimento do folículo, que pode apresentar um óvulo com capacidade de amadurecimento. Quando estiver maduro, o óvulo pode ser fertilizado pelo espermatozoide.

Quanto mais folículos antrais forem encontrados por este exame, maior será a capacidade reprodutiva da mulher.

Por meio da ultrassonografia também é possível avaliar o volume ovariano que diminui de acordo com a diminuição da reserva. Quando este volume é baixo, inferior a 3 cm³, possivelmente a mulher encontrará dificuldades para engravidar.

Dosagens hormonais

Exames que detectam as dosagens hormonais também são importantes para a avaliação da reserva ovariana e consequentemente da fertilidade feminina.

O FSH, o estradiol e o LH são hormônios essenciais no ciclo menstrual, e as chances de gravidez são diminuídas quando eles se encontram em desequilíbrio.

Quando os níveis de FSH se encontram altos, significa que a mulher está mais próxima da menopausa, deixando menores as chances de sucesso da gestação espontânea ou com o auxílio dos métodos de reprodução assistida.

O estradiol, quando se mantém em níveis baixos, situação conhecida como hipoestrogenismo, pode significar ausência de função dos ovários em decorrência de uma baixa ou ausente reserva de óvulos.

Hormônio antimülleriano

As células presentes nos folículos produzem uma glicoproteína denominada hormônio antimülleriano (AMH) que só pode ser detectado após a puberdade, que é quando a mulher completa a capacidade reprodutiva.

Quando os níveis de AMH se encontram baixos, representam uma baixa reserva ovariana, e, quando estão altos, ainda há uma boa reserva. Em alguns casos, outros fatores podem influenciar na dosagem do antimülleriano, portanto é necessário que outras avaliações sejam feitas a fim de complementar essa análise.

O AMH e a contagem de folículos antrais são atualmente considerados os melhores marcadores da reserva ovariana. Se utilizados em conjunto, são ainda melhores preditores da quantidade de óvulos.

A reserva ovariana e a reprodução assistida

A reserva ovariana é essencial dentro da reprodução assistida. Quanto melhor a reserva, maiores as chances de sucesso nos tratamentos.

No início dos procedimentos, a avaliação é feita a fim de prever a condução do tratamento e analisar as melhores opções. Após realizar o diagnóstico, o médico conduzirá a paciente ao melhor tratamento que viabilize a reprodução.

Os exames não são absolutos e devem ser aliados a outros fatores de avaliação para que os resultados sejam os melhores possíveis.

Se ainda existe alguma dúvida, é possível saber mais sobre a avaliação da reserva ovariana na leitura do texto neste site.

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