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Azoospermia: conheça a condição

Para que ocorra uma gravidez é necessário haver a fecundação do óvulo pelo espermatozoide, respectivamente gametas feminino e masculino. Portanto, a saúde de ambos os gametas é fundamental. Diferentemente da mulher, que já nasce com todos os óvulos e não produz novos ao longo da vida, o homem produz espermatozoides constantemente, a partir da puberdade.

Esse processo começa nos testículos, onde são formados os gametas masculinos, que depois seguem para os epidídimos, pequenos canais que ficam logo acima dos testículos, onde são armazenados. Os espermatozoides chegam, pelos dutos deferentes, até a vesícula seminal, onde são nutridos por um líquido.

Ao ejacular, o homem projeta para fora do corpo esse líquido contendo os espermatozoides, chamado agora de sêmen. Para que a fecundação ocorra naturalmente, o sêmen e os gametas precisam estar em ótimas condições. Quando o sêmen não tem espermatozoides, o que ocorre é um caso de azoospermia, uma das principais causas de infertilidade masculina. Saiba mais sobre essa condição.

O que é azoospermia?

Identificada em 10% a 15% dos homens inférteis, a azoospermia é caracterizada pela ausência de espermatozoides no sêmen. Existem dois tipos: azoospermia obstrutiva e não obstrutiva.

Azoospermia obstrutiva

Na azoospermia obstrutiva, os espermatozoides são produzidos normalmente nos testículos, mas há algum fator que impede a sua passagem, como traumas, aderências, epididimite (inflamação nos epidídimos), cistos ou tumores, além da ausência congênita de um ducto de ligação denominado ducto deferente.

Azoospermia não obstrutiva

Neste caso o problema está na produção dos espermatozoides. A azoospermia não obstrutiva pode ocorrer por problemas no funcionamento do testículo, decorrente da varicocele, por distúrbios hormonais e por patologias genéticas.

Qual a importância do espermograma?

Entre os exames utilizados para diagnosticar a azoospermia está o espermograma. Entre outros fatores, ele avalia o volume de fluidos, bem como a quantidade e qualidade de espermatozoides existentes na amostra de sêmen, colhida por meio da masturbação.

Entre os aspectos analisados em um espermograma estão o volume, o pH, a viscosidade, a coloração e a liquefação do sêmen, bem como a quantidade, a concentração, a motilidade e a morfologia dos espermatozoides. Normalmente o exame é realizado mais de uma vez, já que não é possível avaliar a qualidade do sêmen a partir de uma única amostra.

O diagnóstico de azoospermia se dá quando é constatada a ausência de espermatozoides no sêmen ejaculado. Para saber se o problema é obstrutivo ou não, é preciso fazer uma investigação mais detalhada, por meio do exame físico do testículo, além de exames hormonais, sorológicos e de imagem.

Dessa forma, será possível identificar distúrbios na produção de hormônios, a presença de infecções e fatores que possam estar bloqueando a passagem dos espermatozoides.

Como o problema pode ser tratado?

O tratamento da azoospermia depende da causa da ausência de espermatozoides. Os casos de azoospermia obstrutiva, por exemplo, podem ter a indicação de cirurgia para corrigir aderências e retirar cistos ou tumores.

Já quando se trata de azoospermia não obstrutiva de causa hormonal, é possível tratar com medicamentos que restabeleçam os níveis de hormônios no organismo do homem. Já quando o problema é provocado por infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), o tratamento costuma ser por meio de antibióticos e, nesse caso, a indicação é de que a parceira também seja tratada, para evitar a retransmissão da doença.

A reprodução assistida em casos de azoospermia

Quando a fertilidade do homem não é restaurada após tratamento cirúrgico ou medicamentoso, é possível recorrer às técnicas de reprodução assistida. A técnica mais complexa e eficaz da atualidade é a fertilização in vitro (FIV), que requer a coleta dos óvulos e espermatozoides para fertilização em laboratório e posterior transferência dos embriões para o útero da mulher.

Quando não há fator de infertilidade masculina envolvido, como a azoospermia, o sêmen é coletado por meio da masturbação, realizada em laboratório ou clínica de fertilização. No entanto, quando há a ausência de espermatozoides no esperma ejaculado, existem técnicas complementares que podem ser utilizadas.

Por meio da aspiração percutânea de espermatozoides (PESA) e da extração microcirúrgica de espermatozoides do epidídimo (MESA) é possível coletar espermatozoides a partir dos epidídimos. Já a extração de espermatozoides dos testículos (TESE) e a extração de espermatozoides por microdissecção testicular (Micro-TESE) retiram os gametas diretamente dos testículos.

Outra técnica complementar utilizada em reprodução assistida que auxilia os homens com azoospermia é a injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI). Esse procedimento diz respeito à forma como é feita a fertilização na FIV.

Pela ICSI, em vez de colocar o óvulo no mesmo ambiente que os espermatozoides para que a fecundação ocorra, como é feito na FIV tradicional, um espermatozoide é injetado diretamente em um óvulo. Dessa forma, é necessária apenas uma pequena quantidade de espermatozoides para viabilizar a formação de embriões.

A azoospermia, portanto, é uma causa importante de infertilidade masculina, mas que pode ser tratada em alguns casos. A evolução das técnicas de reprodução assistida permite hoje que homens com o problema tenham chances muito boas de conseguir engravidar sua parceira. Para saber mais sobre a azoospermia, toque aqui.

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