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Como é feita a investigação da infertilidade masculina e feminina?

Muitos casais atribuem unicamente à mulher a causa da dificuldade em conceber filhos, no entanto, a infertilidade masculina é um problema que pode influenciar negativamente até 50% dos casos, de acordo com um estudo.

O problema pode ser causado por diversos fatores relacionados à saúde do homem, como à baixa produção ou qualidade dos espermatozoides e, naturalmente, por uma vasectomia. A infertilidade feminina, por sua vez, pode acontecer por diversos motivos, como disfunções ovulatórias, ciclos menstruais irregulares, baixa reserva ovariana, doenças como a endometriose e inflamações.

No entanto, mesmo que os sistemas reprodutivos de ambos sejam saudáveis, o embrião formado a partir da fecundação do óvulo pelo espermatozoide pode apresentar erros de divisão celular, distúrbios genéticos ou alterações cromossômicas, o que pode levar a falhas na implantação ou abortos espontâneos.

A investigação de quadros de infertilidade, portanto deve levar em consideração fatores masculinos e femininos e, para isso, pode-se requerer diferentes exames.

Este artigo aborda o conceito de infertilidade, esclarece como o problema pode ser investigado e opções de tratamento. Se você está tentando ter um filho há meses sem sucesso, acompanhe o texto e saiba como averiguar se você realmente é infértil.

O que é infertilidade?

A dificuldade de concepção só pode ser diagnosticada como infertilidade após um ano de relações sexuais frequentes sem o uso de métodos anticonceptivos. Isso ocorre porque mesmo pessoas saudáveis apresentam baixa taxa de gravidez por ciclo menstrual.

No entanto, se a mulher tem 35 anos ou mais, recomenda-se conversar com um ginecologista após cerca de seis meses de tentativas sem sucesso para otimizar as chances de gravidez, pois sua reserva ovariana reduz com o passar dos anos e, se esperar muito tempo, pode reduzir suas chances de gravidez.

A investigação é realizada com ginecologista ou urologista e pode acontecer de diferentes maneiras, conforme causa e grau de evolução do quadro de infertilidade.

Investigação simples: quando é realizada?

Há casos em que a condição é descoberta ocasionalmente em exames de rotina ou após a manifestação de algum sintoma. Seja por esse motivo ou pela necessidade de averiguar a dificuldade de concepção, a investigação é feita, inicialmente, com testes hormonais, sorológicos e de imagem.

Para avaliar os níveis dos hormônios que regulam a produção dos gametas e, nas mulheres, o ciclo ovulatório, são realizados exames de sangue, assim como quando há suspeita de infecção sexualmente transmissível (IST), como a clamídia e a gonorreia.

Os exames de imagem, por sua vez, são utilizados com o objetivo de detectar alterações anatômicas no sistema reprodutor do homem ou da mulher. Podem ser realizados para investigar doenças como a endometriose, SOP (síndrome dos ovários policísticos), os pólipos endometriais, miomas uterinos, neoplasias (tumores) ou alterações de tamanho, forma e textura dos órgãos reprodutores.

A ultrassonografia costuma ser o principal exame utilizado, no entanto, para uma visão mais panorâmica ou complementar, o médico pode requerer a ressonância magnética.

Nos casos em que houver suspeita de infertilidade causada por influência feminina, a histerossalpingografia e a histeroscopia também podem ser solicitados, para avaliar a anatomia das trompas de Falópio e da cavidade uterina com auxílio de uma câmera — o que pode ser essencial para diagnosticar, por exemplo, pólipos ou miomas.

Investigação profunda: como é realizada?

Se a anamnese e os exames clínico, hormonais, sorológicos e de imagem não oferecerem um diagnóstico, pode-se buscar a resposta em outras avaliações.

No caso de suspeita de infertilidade masculina, um dos principais exames é o espermograma, que tem como objetivo analisar parâmetros como quantidade de espermatozoides, morfologia, motilidade, cor, pH e viscosidade no sêmen do homem.

A fragmentação do DNA espermático é outro exame que pode diagnosticar danos no código genético dos gametas masculinos, que é um dos fatores associados à infertilidade masculina.

Nas mulheres, os médicos avaliam a reserva ovariana — que além de reduzir naturalmente com o avanço da idade, pode acontecer devido à insuficiência ovariana prematura ou menopausa precoce — para averiguar se a paciente produz gametas em número e qualidade suficiente.

Mulheres com histórico de trombose na família podem, ainda, fazer a pesquisa por doenças autoimunes, como as trombofilias hereditárias, que elevam risco para abortos espontâneos repetitivos.

Existe cura para a infertilidade?

O tratamento mais adequado para a infertilidade masculina, feminina ou conjugal varia de acordo com a causa do problema.

Para situações mais simples ou em estágio inicial, pode-se optar inicialmente pela abordagem farmacológica, com o uso de antibióticos ou hormônios, por exemplo, para balancear os níveis hormonais, regularizar a produção dos gametas e evitar processos inflamatórios, disfunções sexuais e infecções.

No entanto, a primeira via de tratamento pode não apresentar bons resultados ou sequer ser utilizada devido a uma doença em estágio avançado, como a endometriose na mulher e em varicocele grave no homem.

Em casos como esses, optar-se por procedimentos cirúrgicos, que podem desobstruir vias, remover corpos estranhos e corrigir malformações, por meio de, dependendo da situação, cirurgias minimamente invasivas, como a endoscopia, videolaparoscopia e vídeo-histeroscopia.

É sabido que a infertilidade pode acontecer em decorrência dos maus hábitos de vida, como o alcoolismo, tabagismo, uso de entorpecentes e anabolizantes, obesidade, superexposição à radiação e problemas emocionais, como a ansiedade, o estresse e a depressão. É importante notar, portanto, que melhorias na qualidade de vida podem curar naturalmente alguns casos.

Se medicamentos, cirurgia e mudanças de hábitos não apresentarem bons resultados, o casal ainda pode ter um filho por meio da reprodução assistida. Quando a infertilidade masculina for a única variável, pode-se optar pela FIV (fertilização in vitro) para seleção de espermatozoides e transferência embrionária, por exemplo.

Quando for causada por fatores femininos mais leves, como a síndrome dos ovários policísticos, é possível que a IA (inseminação artificial) seja eficaz.

Naturalmente, cada caso é um caso e a melhor escolha depende da origem do problema e da avaliação do quadro de infertilidade por um especialista.

No mundo, muitos casais sofrem com dificuldades para ter um filho. Após um ano de insucesso na concepção —, a infertilidade já pode ser considerada.

Para investir o problema, exames simples, como hormonais, sorológicos e de imagem, ou complexos, como o espermograma e o teste de trombofilia podem ser solicitados. O resultado é utilizado pelo médico para sugerir o tratamento ideal, que pode ser farmacológico, cirúrgico, por meio de mudanças de hábitos de vida e técnicas de reprodução assistida.

Você quer saber mais sobre os fatores relacionados à infertilidade em homens e mulheres? Então confira nossas seções sobre infertilidade masculina e infertilidade feminina.

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