A dor que ocorre na parte baixa do abdome, chamada dor pélvica, como toda dor, é sempre um sinal de alerta do organismo. Nas mulheres pode indicar desde o período ovulatório, manifestar durante a menstruação sem sinalizar nenhum problema, ou sugerindo condições mais sérias, incluindo algumas patologias que podem causar infertilidade feminina.
Geralmente é aguda ou em cólica (como as menstruais) e pode ser eventual ou frequente, repentina ou mais intensa, aumentar de intensidade gradualmente ou ocorrer de forma intermitente (vem e vai).
Quase sempre manifesta em ciclos coordenados com o menstrual: todos os meses antes ou durante a menstruação.
Para saber quais doenças podem manifestar dor abdominal pélvica sugerindo a possibilidade de infertilidade, continue a leitura deste texto.
Ainda que muitos casais tenham dificuldades para engravidar, a infertilidade é definida como a incapacidade de conceber após 12 meses ou mais de relações sexuais desprotegidas sem sucesso.
Quando a mulher está acima dos 36 anos, deve ser considerado um tempo menor para se iniciar uma investigação, de seis meses. Acima dos 40 diminui ainda mais: se após dois ou três meses de tentativas não houver concepção, é importante procurar auxílio médico.
Os problemas de infertilidade de um casal podem ser causados igualmente por fatores femininos ou masculinos, por isso, se houver suspeita, o parceiro também deverá ser investigado. Muitas vezes, inclusive, a infertilidade masculina é descoberta diante da tentativa frustrada de engravidar a parceira.
A dor abdominal inferior, entretanto, geralmente é característica de infertilidade feminina, embora diferentes problemas de saúde, em ambos os casos, também possam causar dor na região.
A dor abdominal pode ser provocada dos problemas mais simples aos mais complicados. Veja abaixo os mais comuns:
Se o problema for nos órgãos reprodutivos, a manifestações ocorre abaixo do umbigo. Porém, problemas renais, intestinais e distúrbios urinários, também causam dor na região.
Por isso, para identificar a causa, diferentes exames são realizados. Para avaliar os órgãos reprodutivos, por exemplo, o exame normalmente solicitado inicialmente é a ultrassonografia transvaginal, enquanto a ressonância magnética e eventualmente a tomografia computadorizada possibilitem uma avaliação mais ampla, abrangendo todos os órgãos abdominais com mais detalhes.
Outros testes específicos podem ser solicitados de acordo com os resultados diagnósticos.
Diferentes condições podem causar a infertilidade feminina, as mais frequentemente registradas são os problemas de ovulação, alterações uterinas e obstruções nas tubas uterinas, que surgem como consequência de outras patologias, endometriose e miomas uterinos, por exemplo, estão entre elas e, assim como outras, têm a dor abdominal como uma de suas manifestações:
A ureterite, inflamação da uretra, pode resultar em infertilidade feminina ou masculina e, da mesma forma, manifestar dor na parte inferior do abdome.
Além disso, a infertilidade masculina pode ser ainda provocada por outras condições, no entanto, a dor abdominal não está entre os possíveis sintomas manifestados por elas. Exemplos incluem:
O tratamento é indicado de acordo com a causa que provocou a dor abdominal e o problema de fertilidade. Ao mesmo tempo que considera o desejo da paciente em engravidar no momento em que é realizado. Pode ser farmacológico, cirúrgico ou pelas técnicas de reprodução assistida, que aumentam as chances de gravidez quando há problemas de infertilidade feminina ou masculina.
As três principais são a relação sexual programada (RSP), inseminação artificial (IA) e fertilização in vitro (FIV).
A RSP e IA são classificadas como de baixa complexidade, pois a fecundação acontece naturalmente, nas tubas uterinas. Por isso, são mais adequadas para mulheres com até 35 anos que tenham as tubas uterinas saudáveis, problemas de ovulação e/ou endometriose nos estágios iniciais.
Na RSP os espermatozoides também devem estar saudáveis pois o objetivo do tratamento é programar o momento mais adequado para intensificar a relação sexual.
Já na IA, podem ter pequenas alterações na morfologia e motilidade, pois os melhores são selecionados por técnicas de preparo seminal e posteriormente depositados no útero durante o período fértil da mulher. É indicada ainda quando há problemas na função sexual
Na FIV, por outro lado, a fecundação ocorre em laboratório. Por isso é mais adequada para mulheres acima de 36 anos, com obstruções nas tubas uterinas, endometriose em estágios mais avançados, ou quando a infertilidade feminina ou masculina é provocada por fatores mais graves.
As chances de gravidez nas técnicas de baixa complexidade acompanham as da gestação natural: entre 20% e 25% a cada ciclo de tratamento. Já a FIV possui percentuais bem mais altos: em média 50% por ciclo.
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