Muitos casais sonham em ter filhos um dia e podem, em algum momento, passar por dificuldades nesse processo. É comum que homens e mulheres em idade reprodutiva sofram com a infertilidade.
Para que a reprodução seja bem-sucedida, diversos fatores devem ser considerados. É importante que doenças ou alterações no organismo sejam observadas e tratadas, para que não interfiram nessa busca.
Após 12 meses de tentativas de engravidar, sem o uso de qualquer método contraceptivo e sem obter sucesso, o casal deve procurar auxílio médico para que a causa dessa condição seja investigada.
São realizados diversos exames, como ultrassonografias, espermograma, exames de sangue, entre outros, a fim de identificar a origem do problema. Assim, é possível indicar a técnica de reprodução assistida que melhor atende a essas pessoas.
Um dos fatores essenciais para uma gestação de sucesso é a qualidade do embrião, proporcionando menos riscos de complicações ou desenvolvimento de doenças para o feto.
A seguir, saiba o que é o embrião, como ele é formado na gestação natural e na reprodução assistida e qual a sua importância para a fertilidade.
Quando o espermatozoide se encontra com o óvulo nas tubas uterinas, ele o penetra para que ocorra a fecundação. Assim, inicia-se uma divisão celular e o produto formado passa a ser denominado zigoto.
A divisão celular continua e o zigoto se encaminha pelas tubas até o útero enquanto se transforma em embrião, passando pelas fases de blastômero, mórula e blastocisto. Nessa fase, o embrião se fixa no endométrio e inicia o seu desenvolvimento. O crescimento embrionário ocorre até a 8ª semana, quando ele já pode ser considerado um feto.
Para que esse processo aconteça de maneira correta, diversos aspectos devem ser considerados. A qualidade dos gametas é importante para que o embrião formado seja saudável, com boas chances de uma implantação de sucesso, menores riscos de abortamentos e complicações para a saúde do feto.
Outro fator com poder de interferência na fertilidade é a anatomia do útero, pois é lá que ocorre o desenvolvimento embrionário e toda a gestação. Portanto, algumas malformações uterinas congênitas ou provocadas por doenças, também podem causar infertilidade feminina.
Quando o casal encontra dificuldades para alcançar a gravidez, deve procurar auxílio na medicina reprodutiva, pois existem técnicas muito eficientes que promovem o tratamento em casos de infertilidade.
Existem métodos de baixa e alta complexidade, realizando diferentes procedimentos para atender as necessidades individuais desses casais. As principais técnicas utilizadas são: a relação sexual programada (RSP), inseminação artificial (IA) e a fertilização in vitro (FIV).
Em cada uma delas, a formação do embrião acontece de uma forma, pois os processos do tratamento são diferenciados.
Na RSP, existem poucas etapas e a fecundação acontece de forma natural, nas tubas uterinas, por isso é considerada menos complexa. A paciente passa por um procedimento que utiliza medicação hormonal, denominado estimulação ovariana. Ele aumenta o desenvolvimento de mais folículos obtendo, aumentando, assim, a possibilidade de mais óvulos serem liberados na ovulação.
O acompanhamento desse desenvolvimento é feito por ultrassonografias, que permitem definir o desenvolvimento folicular. A ovulação é induzida por novos medicamentos hormonais e o casal é informado do momento ideal para programar suas relações sexuais, quando as chances de fecundação são maiores.
A RSP é um método que utiliza apenas medicamentos estimulantes, portanto a formação do embrião acontece naturalmente, como em uma gestação natural.
A IA também é considerada de baixa complexidade e a fecundação também ocorre nas tubas uterinas. Nesse caso a estimulação ovariana é o primeiro passo, seguida da coleta do sêmen e seleção dos espermatozoides por técnicas de preparo seminal.
Os gametas masculinos são inseridos dentro da cavidade uterina para que encontrem o óvulo e ocorra a fecundação. O embrião formado se fixa no endométrio e a gestação tem início.
Essa técnica é muito indicada em casos leves de infertilidade masculina, pois permite uma análise do sêmen e a seleção dos melhores gametas a serem utilizados no tratamento.
A FIV é a técnica de maior complexidade da reprodução assistida e conta com inúmeros procedimentos de alta qualidade e eficiência. Nesse método, a fecundação acontece em laboratório e a manipulação do material permite um maior controle do tratamento.
A estimulação ovariana também é feita inicialmente e no momento adequado os folículos são coletados por punção folicular, os óvulos são extraídos e selecionados, enquanto os espermatozoides são capacitados pelo preparo seminal.
Após a seleção dos gametas mais saudáveis, a fecundação é feita por ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide), método em que um único espermatozoide é injetado diretamente dentro de cada óvulo para a formação do embrião.
O embrião formado permanece em laboratório até que se encontre em tamanho e desenvolvimento ideais para a transferência ao útero. Ao serem transferidos, promovem de forma natural a fixação no endométrio.
É essencial que os gametas sejam de boa qualidade para que formem embriões saudáveis. Quando possuem qualquer problema genético, o embrião pode herdá-los, fazendo com que o organismo da mulher o rejeite, podendo causar falhas de implantação e abortos de repetição.
Na FIV é possível selecionar os óvulos e espermatozoides de maior qualidade, além de realizar testes genéticos no embrião já formado, a fim de diminuir esses riscos.
Se você quer saber mais sobre o assunto, leia nosso post sobre a fertilização in vitro (FIV) e conheça os procedimentos que aumentam as chances de uma gestação bem-sucedida.
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