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Quais as possíveis causas de aborto?

Para que uma gestação chegue a termo, isto é, que dure 37 a 42 semanas para o amadurecimento do feto, diversos elementos precisam apresentar condições favoráveis.

Ambos pai e mãe devem estar saudáveis e produzir bons gametas e o endométrio deve estar receptivo, por exemplo. Por esse motivo, problemas como infecções, baixa qualidade do embrião e alterações genéticas são possíveis causas de aborto.

Estima-se que, no mundo, cerca de 12% a 15% das mulheres sofrem abortos espontâneos. No entanto, esse percentual pode ser maior se considerados os casos em que a gestante não percebe o que ocorreu, porque a gravidez ainda não apresentava sintomas, e especialmente se está em idade avançada.

Este texto aborda o conceito e algumas das principais causas de aborto espontâneo e esclarece de que maneira a origem do problema pode ser investigada. Se você sabe ou acredita ter perdido um bebê, seja no início ou após algumas semanas de gravidez, acompanhe o artigo e descubra o que pode ter acontecido.

O que é aborto espontâneo?

Abortos espontâneos se caracterizam pela interrupção não provocada da gravidez até o quinto mês e se o feto não pesa mais que 500 gramas, pois acima dessa referência, ou se a interrupção acontece após a 22ª semana, o quadro é descrito como prematuridade.

Um aborto pode acontecer por diversos motivos e, quando se repete, pode ser considerado um tipo de infertilidade. Por esse motivo, nesses casos, é interessante consultar um médico para realizar exames, avaliar o tratamento ideal ou mesmo a necessidade de procedimentos de reprodução assistida.

Quais são as possíveis causas de aborto?

Acredita-se que alguns abortos acontecem no início da gestação, quando podem estar relacionados a uma rejeição imunológica do próprio organismo materno, que percebe o embrião como um corpo estranho e o elimina. Alterações hormonais e distúrbios genéticos, no entanto, são consideradas as principais causas.

No caso de anormalidades genéticas nos óvulos ou espermatozoides — o que pode ocorrer devido à herança familiar ou com o avanço da idade, quando os gametas apresentam menor qualidade —, podem alterar a quantidade de cromossomos e, assim, causar doenças como a síndrome de Down ou induzir erros na divisão celular que interrompem o desenvolvimento do embrião, causando um aborto espontâneo.

Nas situações em que a causa do aborto está relacionada a alterações nos níveis hormonais, inflamações, infecções ou doenças, como a diabetes e a trombofilia, pode haver uma interrupção da implantação do embrião ou mesmo o desenvolvimento do feto.

Alterações anatômicas, naturalmente, podem influenciar, diretamente, as taxas de sucesso da gravidez, uma vez que, em alguns casos, podem impedir o encontro entre os gametas masculinos e femininos ou o crescimento do feto.

Assim, malformações uterinas, doenças que provocam mudanças físicas, como os miomas e a adenomiose e até cicatrizes de cirurgias podem influenciar negativamente a continuidade da gestação.

Além dessas perceptíveis causas de abortos, motivos mais simples podem ocasionar o problema, como uma incompatibilidade entre o sangue da gestante e do feto, problemas emocionais, como a ansiedade, e maus hábitos, como o tabagismo, o alcoolismo e uso de cocaína.

Como investigar a causa de um aborto?

Nos casos de aborto precoce, que geralmente tem causa genética, o homem e a mulher devem passar por avaliações para verificar malformações congênitas de família, o cariótipo (conjunto de cromossomos) e possíveis doenças, o que é feito por meio da cultura de células e exames de sangue.

Para investigar a causa de abortos que ocorrem após algumas semanas ou meses de gestação, geralmente relacionados à malformações uterinas e à dificuldade de expansão do útero, por exemplo, são utilizados exames de imagem.

A ultrassonografia pélvica, a histerossalpingografia e a ressonância magnética permitem verificar a anatomia dos órgãos reprodutores e problemas como miomas uterinos, adenomiose e a incompetência istmocervical.

O diagnóstico da causa do aborto é imprescindível para que a melhor abordagem terapêutica seja indicada e, dependendo da origem do problema, a solução pode estar no uso de medicamentos hormonais. No entanto, há casos que exigem intervenções cirúrgicas, geralmente realizada por métodos minimamente invasivos, como a histeroscopia e a videolaparoscopia, ou por via vaginal, como a cerclagem.

Se houver contraindicação ao uso de medicamentos ou os resultados dos tratamentos anteriores forem insatisfatórios, pode-se ainda optar pela reprodução assistida. A FIV (fertilização in vitro), por exemplo, permite avaliar o período de maior receptividade endometrial, por meio do teste ERA, e selecionar os embriões mais saudáveis com o teste genético pré-implantacional (PGT), o que ajuda a otimizar as chances de sucesso.

As causas de aborto espontâneo são várias, como elucidado no artigo, e o problema pode ter origem em alterações genéticas, infecções, imunológicas, quando precoce, ou em problemas como malformações uterinas, especialmente quando acontece após uma implantação embrionária de sucesso e semanas de gestação. Quando o problema se repete, é ainda mais importante consultar um ginecologista, devido ao risco de novos abortos e da infertilidade.

Se você já sofreu dois ou mais abortos, leia mais a respeito do assunto na seção aborto de repetição aqui no site.

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