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FIV: quais são as indicações?

As técnicas de reprodução assistida ajudam pessoas solteiras e casais que desejam ter filhos, mas que por algum motivo, não podem conceber naturalmente. Entre os três métodos disponíveis, a FIV (fertilização in vitro) é o mais complexo e, atualmente, a principal escolha, pois oferece maiores chances de sucesso, especialmente nos quadros mais difíceis de infertilidade.

Em casos mais simples, como na hipótese de desconhecimento do período fértil ou quando existe apenas um fator masculino leve de infertilidade, é possível ter filho por meio da RSP (relação sexual programada) ou da IIU (inseminação intrauterina), quando não há a necessidade de manipular os gametas femininos ou embriões.

Este artigo tem como objetivo esclarecer para quais casos de infertilidade a FIV pode ser indicada como solução. Além disso, o texto apresenta as técnicas complementares do tratamento e sua taxa de sucesso.

Se você está sentindo dificuldades em engravidar naturalmente ou por meio de métodos menos avançados de reprodução assistida, acompanhe a leitura e entenda se a FIV pode te ajudar.

Quando a FIV é indicada?

A FIV foi, inicialmente, desenvolvida para solucionar problemas de fertilidade feminina provocados por obstruções tubárias — problema que pode ocorrer devido a doenças sexualmente transmissíveis, à endometriose, processos inflamatórios e cirurgias prévias.

Nesses casos, a fertilidade é prejudicada porque é nas trompas de Falópio (tubas uterinas) que o óvulo é fecundado pelo espermatozoide e, se não houver passagem livre, a gestação não tem como ser iniciada naturalmente.

A segunda principal indicação original era para mulheres com idade avançada, devido à redução natural da reserva ovariana.

Quando nascem, as mulheres têm uma quantidade pré-definida de óvulos que poderão ser amadurecidos durante os seus ciclos menstruais, mas com o passar dos anos, essa disponibilidade vai ficando escassa com a aproximação da menopausa, ou antecipadamente, caracterizando a FOP (falência ovariana precoce), problema que pode acontecer naturalmente ou como consequência a um tratamento cirúrgico ou farmacológico.

É por esse motivo que se recomenda que mulheres com mais de 35 anos procurem um especialista em reprodução assistida após seis meses de relações sexuais regulares sem o uso de anticoncepcionais.

No entanto, a FIV é indicada mesmo para mulheres que já atingiram a menopausa e não mais ovulam porque a técnica permite a manipulação de gametas femininos e a fecundação ocorre em ambiente controlado. Para isso, deve-se optar pela ovodoação, técnica que será citada mais adiante neste artigo.

Ao longo dos anos, aliás, a FIV foi complementada com essa e outras técnicas adicionais e, por isso, pode ser indicada para solucionar praticamente qualquer caso de infertilidade, independentemente da origem em fatores masculinos, femininos ou de ambos.

Assim, homens com fatores graves de infertilidade, como a azoospermia (ausência de espermatozoides no sêmen), baixa quantidade ou qualidade de gametas e até mesmo após realização de vasectomia têm a chance de ter filhos por meio do procedimento.

Procedimento este, aliás, que pode dar a chance da maternidade ou paternidade a pessoas solteiras, mesmo férteis, e a casais homoafetivos. Para casais de homens, a FIV é a única opção, com algumas técnicas complementares.

A FIV, por ser mais complexa e capaz de investigar várias hipóteses relacionadas à infertilidade, é indicada, ainda, para os casos de ISCA (infertilidade sem causa aparente) ou após ciclos de RSP e IIU sem sucesso.

Quais outras técnicas podem ser aplicadas à FIV?

A FIV é realizada algumas etapas básicas, qualquer que seja o caso de infertilidade em questão. Todas as pacientes passam pelos processos de estimulação ovariana, coleta de gametas masculinos e femininos, fertilização em laboratório, cultivo embrionário e, enfim, a transferência dos embriões para o útero materno.

No entanto, com o avanço da tecnologia, novas técnicas foram adicionadas, de maneira complementar, e por isso, a FIV pode ser indicada para mais casos de infertilidade feminina, masculina ou conjugal.

Uma dessas técnicas é a ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoides), por meio da qual cada óvulo é fecundado por um espermatozoide pré-selecionado, com auxílio de uma pipeta. No método convencional, a fertilização ocorre em uma placa de Petri, simulando o processo natural.

Aliás, para fazer a seleção dos melhores espermatozoides, é utilizada outra técnica complementar à FIV: o preparo seminal.

Outra técnica muito comum na FIV é a criopreservação, por meio da qual é possível congelar gametas e embriões por tempo indeterminado, o que é muito útil para pessoas que desejam postergar a gravidez por algum motivo (preservação social da fertilidade) ou para quem está em tratamento contra um câncer (preservação oncológica da fertilidade).

No entanto, a criopreservação também pode ser utilizada em caso de excesso de embriões disponíveis para transferência por ciclo, respeitando as recomendações do CFM (Conselho Federal de Medicina), ou quando o procedimento for um sucesso, quando o material pode ser doado ou utilizado para uma futura gestação.

Existe ainda a necessidade de criopreservar embriões, caso o endométrio da mulher não esteja receptivo, até o próximo ciclo, com o objetivo de evitar falhas na implantação. Aliás, para essa etapa, pode ser utilizada outra técnica complementar, o teste ERA (endometrial receptivity array), que permite determinar o momento ideal para a nidação (tal técnica é reservada a casos especiais).

Antes disso, no entanto, especialmente nos casos em que houver doenças genéticas ou anomalias cromossômicas na família do pai ou da mãe, podem ser realizados testes pré-implantacionais, de diferentes tipos, a fim de analisar o DNA do embrião, identificar riscos e, assim, selecionar os embriões de melhor qualidade.

Há ainda a técnica do hatching assistido, que consiste em realizar uma pequena eclosão na camada externa do embrião, quando em espessura superior ao normal, para aumentar as chances de sucesso da implantação no endométrio.

A ovodoação (doação de óvulos) e a doação de sêmen são, também, técnicas comuns na FIV, utilizadas na hipótese de gametas de baixa quantidade ou qualidade, mas também por casais homoafetivos — no caso de casais homoafetivos masculinos, é preciso, ainda, contar com um útero de substituição ou, como é popularmente conhecido, barriga de aluguel.

No entanto, se o problema for ocasionado devido à azoospermia, é ainda possível ter filhos biológicos por meio da recuperação dos espermatozoides dos testículos ou do epidídimo, mesmo após vasectomia.

Qual é a taxa de sucesso da FIV?

O sucesso do procedimento pode ser diferente conforme muitas variáveis, mas as chances são boas. Em geral, estima-se que 50 a 60% dos pacientes conseguem alcançar seus objetivos, especialmente quando a fertilização ocorre por meio da ICSI.

No entanto, é preciso considerar as características do casal, como a idade da mulher, a qualidade dos gametas masculinos e a saúde do casal. A FIV é hoje, contudo, a técnica de reprodução assistida com maiores chances de sucesso.

A FIV, em resumo, conta com diversas técnicas complementares e, por isso, pode ser indicada para praticamente todos os casos de infertilidade feminina, masculina ou feminina.

Originalmente, o procedimento foi criado para solucionar dificuldades na gestação ocasionadas pela redução ovariana, devido ao avanço da idade, ou em casos de obstruções nas trompas de Falópio, mas hoje realiza o sonho da maternidade e paternidade de pessoas com doenças genéticas, anomalias cromossômicas, azoospermia, infecções ou mesmo após diagnóstico inconclusivo, falhas em técnicas menos avançadas e abortos de repetição.

Se você quiser saber mais detalhes sobre o passo a passo do procedimento, confira nossa página dedicada à fertilização in vitro.

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